sábado, 31 de outubro de 2015

CAMPANHA PARA AJUDAR BEBÊ SEM PERNAS E BRAÇOS ATINGE 250 MIL PESSOAS

Uma campanha online para ajudar o bebê Gabriel, de apenas 8 anos, atingiu cerca de 250 mil pessoas em apenas uma semana. O garoto nasceu sem pernas e sem braços. Ele mora com a família em uma casa de aluguel na zona leste de São Paulo e é o quinto filho de Roseli Quitéria, 39 anos, viúva que sustenta a família com a pensão deixada pelo marido.

O pai do filho caçula, com quem teve um relacionamento, não assumiu Gabriel. A luta do pequeno comoveu a editora de livros Wanderleia Farias, que resolveu ajudar. Ela contou a história em um livro, "Gabriel: Quando o coração transborda de amor, a alma suspira de esperança", e começou nas redes sociais um movimento para viabilizar a impressão de 15 mil exemplares do livro. A expectativa é que as vendas rendam mais de R$ 220 mil, que serão usados para comprar uma casa para Roseli e família.

"Recebi a história de uma amiga de Roseli. Quando vi a foto senti que precisava ajudar, fui à casa deles logo no dia seguinte", contou ao Uol Wanderleia. Ela conheceu Gabriel há menos de um mês e ficou apaixonada pelo bebê. "Ele é um encanto, sorridente, tinha aprendido a mandar beijo e tudo. Eu não sabia o que podia dizer para família, mas tive algumas ideias e chegando em casa já coloquei em prática", diz.

O livro de Wanderleia tem 24 páginas. Um amigo leu o início e sugeriu que ela usasse a internet para tentar atrair interessados em ajudar. No Facebook, a campanha atingiu 250 mil pessoas em somente uma semana. Logo que a história foi ao ar, milhares de pessoas se disponibilizaram para colaborar - inclusive um casal que tem uma gráfica em Curitiba e garantiu a impressão dos livros.

Roseli afirma que já tem comida para dois meses e chegou a recusar doação de algumas cestas básicas. "Não tenho palavras para agradecer todas as doações, estou muito feliz. Vou contar sempre essa história para o Gabriel, tenho certeza que ele ficará muito contente e grato", afirma. "Deus colocou muitas pessoas para nos ajudar na hora em que mais precisamos. Foi muito difícil cuidar do Gabriel nos primeiros meses. Às vezes, pedia ajuda ao vizinho para ir ao médico. Nunca perdi minha fé. Agora, só consigo pensar no dia em que teremos uma casinha para viver melhor. É uma bênção".

As impressões ainda não estão prontas. Quem se interessar, pode reservar uma cópia no site do livro. Já a campanha está no Facebook.

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