Os investigadores da Operação Zelotes pediram à Justiça Federal a quebra dos sigilos fiscal e bancário de empresas do filho do ex-presidente Lula, Luis Cláudio Lula da Silva, do ex-ministro Gilberto Carvalho e de três de seus filhos, Gabriel, Myriam e Samuel Carvalho. A Receita Federal, que atua nas investigações ao lado da Polícia Federal e do Ministério Público, também pediu a quebra dos sigilos do restaurante Sanfelice, em nome de filhos do ministro. Também há pedido de quebra dos sigilos de Dyogo Henrique Oliveira, número dois do Ministério do Planejamento. Ele ocupa a secretaria-executiva da pasta e seu nome foi relacionado em documentos apreendidos com lobistas que teriam sido contratados para viabilizar medidas provisórias, em troca de propina.
Ao todo, foram pedidos à Justiça pelo Ministério Público Federal dados fiscais e bancários de 28 pessoas físicas e 21 empresas. Conforme revelou o jornal O Estado de S.Paulo em sua edição de ontem, a relação inclui ainda LFT Marketing Esportivo e a Touchdown Promoção e Eventos Esportivos, em nome do filho mais novo do ex-presidente Lula. Não há solicitação de quebra dos sigilos de Luis Cláudio como pessoa física. A Justiça ainda não se pronunciou sobre os pedidos de quebra dos sigilos.
A empresa do filho de Lula entrou no foco das investigações após a descoberta de ela que recebeu repasses milionários da Marcondes & Mautoni, empresa contratada por montadoras de veículos para, segundo investigadores, comprar medidas provisórias nos governos Lula e Dilma Rousseff. O caso é um desdobramento da Operações Zelotes, que apura esquema envolvendo redução de débitos fiscais de empresas com a União.
Os investigadores querem saber quais as outras fontes de receita da LFT, além do destino do dinheiro recebido da Marcondes & Mautoni, o que pode ajudar a esclarecer se os valores foram pagamento pela edição da MP 627/2013, uma das suspeitas que levaram a Justiça a autorizar busca e apreensão na sede da empresa de Luis Cláudio em São Paulo, na segunda-feira.
O pedido de quebra dos sigilos de Gilberto Carvalho, seus filhos e do restaurante Sanfelice segue o mesmo raciocínio. Tanto Carvalho quanto a defesa do filho de Lula negam qualquer participação em esquema de compra de MPs e classificam a ação como arbitrariedade judicial. (As informações do G1)
Nenhum comentário:
Postar um comentário