Com potencial para produzir nos próximos 35 anos até oito vezes mais do que gera atualmente, a extração de gás natural em terra na Bahia pode criar dois mil novos empregos por ano, além de atrair para o estado investimentos na ordem de US$ 9,1 bilhões. Porém, o cenário promissor esbarra na burocracia excessiva e na falta de segurança para o empresariado investir.
É o que aponta o estudo Exploração de Gás Natural em Terra no Estado da Bahia: Benefícios Econômicos e Sociais, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou ontem durante o seminário promovido pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) para discutir o tema e as soluções para estimular a produção de gás em terra nas bacias do Recôncavo e de Tucano.
Na previsão do estudo, a expectativa é que a exploração de gás natural em terra, que atualmente é de dois milhões de metros cúbicos, pule para 15,6 milhões de metros cúbicos até 2050. “Existe potencial na Bahia, demanda grande por energia e a possibilidade de ofertar uma energia mais barata, principalmente diante de um cenário de crise econômica”, afirma a diretora de Relações Institucionais da CNI, Mônica Massenberg. “São necessárias políticas públicas que diminuam a burocracia, sobretudo, com relação às licenças ambientais e realizem um trabalho articulado para avançar nestes gargalos”, completa.
Perspectivas - O estado reconhece a necessidade de uma maior abertura para o setor privado. “A gente sabe que o gás é matéria-prima importante para a cadeia produtiva e temos convicção de que a indústria tem perfeitas condições para trabalhar nesta exploração de gás em terra”, assegura o secretário de Infraestrutura , Marcus Cavalcanti. Ele garante que a Bahiagás já está estudando a possibilidade de construir 50 km de gasoduto na área do Recôncavo para comercializar o gás extraído de lá.
Cavalcanti ressalta, também, que o governador Rui Costa tem conversado com a Petrobras e com o Ministério de Minas e Energia sobre a necessidade de parceria com o setor privado para estimular a produção do gás. “A maior questão aqui na Bahia é que há muitos poços de gás que estão associados ao petróleo e por isso não podem ser explorados pela iniciativa privada”. (As informações do Correio)
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