Quase três anos após ser condenado no julgamento do mensalão e pouco mais de dois após fugir, o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato voltou preso nesta sexta-feira (23) ao país após um longo processo de extradição junto à Itália, país em que possui cidadania.
Veja abaixo todas as etapas do caso, da condenação à fuga, da prisão na Itália à entrega ao Brasil:
Condenação - Responsável pelo marketing do Banco do Brasil no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Pizzolato foi condenado em agosto de 2012 por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. A pena total, definida posteriormente, somou 12 anos e 7 meses de prisão, a serem cumpridas inicialmente em regime fechado. Ele foi condenado por unanimidade no STF.
Recursos - O julgamento do mensalão terminou somente em dezembro de 2012, quatro meses e meio após a primeira sessão. Os decretos de prisão, no entanto, não foram expedidos, para aguardar o julgamentos dos recursos apresentados em maio de 2013 pelos 25 condenados no caso.
Os recursos começaram a ser analisados em agosto de 2013 e o de Pizzolato foi rejeitado em setembro. Em outubro, o ex-diretor do BB apresentou um segundo recurso contra a condenação, também rejeitado posteriomente.
Em novembro, o então advogado de Pizzolato, Marthius Savio Cavalcanti Lobato, afirmou que o cliente não estava conformado com a iminência da prisão. "Conformado nenhum cidadão fica quando está sendo condenado injustamente. Mas ele vai cumprir", disse à época, acrescentando que ele pretendia ficar preso no Rio, onde morava com a mulher.
Fuga - Após esgotar a análise dos últimos recursos, o STF expediu os decretos de prisão em 15 de novembro de 2013. No mesmo dia, uma sexta-feira, vários condenados se entregaram, mas Pizzolato não se apresentou e a defesa não foi encontrada.
Sem informação sobre uma entrega espontânea, agentes de plantão deixaram a sede da Polícia Federal no Rio às 20h30 em dois carros em direção ao apartamento de Pizzolato. Os policiais foram convidados a entrar, mas ele não estava mais lá.
No dia seguinte, um sábado, o advogado de Pizzolato afirmou que ele não iria se entregar e tinha ido para a Itália. A saída do país se deu de forma clandestina, já que Pizzolato havia entregue seu passaporte e estava proibido de deixar o Brasil. No mesmo dia, é divulgada uma carta em que ele informa que iria pedir um novo julgamento na Itália. (As informações do G1)
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