O governador da Bahia, Rui Costa, convocou uma comitiva com mais de 20 representantes de federações e parlamentares para uma reunião com o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. O encontro realizado foi, na realidade, uma forma de marcar posição e pressionar o TCU, por conta de uma auditoria feita nas obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).
Na semana passada, uma auditoria realizada pelo tribunal recomendou que as autoridades responsáveis pela ferrovia avaliassem a possibilidade de construir apenas o trecho final do projeto, de 500 km, entre Caetité e Ilhéus, no litoral baiano. Outros dois trechos - de 500 km cada um - ficariam para outro momento. Basicamente, o que o TCU fez foi apenas uma sugestão, sem nenhum tipo de decisão sobre o assunto. A ideia, no entanto, foi suficiente para mobilizar toda a bancada local e deslocar o governo petista até Brasília.
Depois do encontro com o baiano Aroldo Cedraz, Rui Costa disse que o resultado da reunião foi positivo e que a Fiol será construída em toda a sua extensão de 1,5 mil km, entre Ihéus e Figueirópolis, no Tocantins. Costa fez ainda uma crítica à atuação de fiscalização do tribunal que, segundo ele, acaba por inibir gestores e a execução de obras.
"Hoje se criou um pânico no país inteiro. Nenhum gestor público ou dirigente de empresa quer assinar documento. Todo mundo quer mais relatório, mais parecer e o País está parando, milhares de pessoas sendo desempregadas, o povo sofrendo por conta desse excesso de controle", afirmou Costa.
A ferrovia, prevista para ser entregue em julho de 2013, viu seu prazo ser dilatado em cinco anos e agora é esperada para 2018. O preço da obra já saltou de R$ 4,3 bilhões para R$ 6,5 bilhões. (As informações do Estadão)
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