O desemprego deve continuar a subir no próximo ano como reflexo da crise econômica e pode chegar ao seu pico no fim de 2016. Para economistas, o problema será generalizado e afetará, principalmente, o setor de serviços. “Ainda estamos na metade do ajuste e vamos viver uma situação em que a taxa de desemprego vai dobrar em relação ao seu patamar mínimo, que foi há pouco mais de um ano.
É um ajuste bem severo”, avaliou Marcelo Kfoury, superintendente do Departamento Econômico do Citi Brasil, em entrevista para O Globo. Em junho do ano passado, o país registrou a menor taxa de desemprego, com 4,8%. Atualmente, o índice está em 7,6%. De acordo com a projeção do Citi, o ápice do problema será registrado no terceiro semestre, quando chegará a 9,4%.
Mesmo assim, Kfoury acredita que a crise tem seu lado positivo, contribuindo para conter a inflação. “Por mais perverso que possa parecer, era necessário um ajuste. Perdemos participação na indústria, porque ficamos caros, com a renda aumentando mais que a produtividade”, defendeu.
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