quinta-feira, 29 de outubro de 2015

IBAMETRO REPROVA 32 RADARES NA BAHIA

Trinta e dois radares foram reprovados pelo Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro), após fiscalizações, este ano, em vias da Bahia. Destes, 18 foram em ruas e avenidas de Salvador. Os dados foram obtidos por levantamento feito por A TARDE no Portal de Serviços do Inmetro nos Estados (Psei). Entre eles está o radar da Av. Paralela (sentido aeroporto), que multou um Monza 96 por transitar a 368 km/h. Este equipamento foi interditado na última terça-feira pelo Ibametro, que identificou que o aparelho não registrava imagens de veículos que passavam acima da velocidade em três das cinco faixas da via.

A Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) identificou, além do caso do Monza, outras 23 situações (registradas em 14 radares) de erro do sistema. Segundo o titular do órgão, Fabrizzio Muller, todas as multas foram retiradas. No entanto, por conta destas "falhas", a Associação Baiana de Proteção aos Proprietários e Condutores de Veículo Automotor (ABCV) solicitou a suspensão da operação de fiscalização eletrônica de Salvador. Para o presidente da entidade, Clezer Costa, todos os equipamentos devem passar por nova aferição. "O problema são os carros multados por trafegar a 100 km/h. Será que o radar está correto?", questiona.

Muller descartou a possibilidade de suspender a fiscalização eletrônica e garantiu que não há problemas quanto à medição de velocidade. "Tanto que o problema encontrado no radar foi de imagem, não de velocidade", ressaltou. Muller afirmou que já cobrou os reparos da empresa responsável (Velsis) e solicitou que entre em contato com o Ibametro para fazer nova inspeção nos 14 aparelhos. "É só uma forma de precaução, eles estão funcionando normalmente". Após a reprovação, o diretor-geral do Ibametro, Randerson Leal, explica que todos os equipamentos são interditados para que os problemas sejam corrigidos.

Erro - O superintendente da Transalvador afirmou que o erro ocorrido nos 24 casos não foi dos radares, mas do sistema que registra as informações. Segundo ele, os radares enviam ao sistema, a cada hora, uma imagem teste. "É uma forma de avisar que está funcionando. Por isso, simula uma velocidade acima de 300 km/h, que é impossível, para evidenciar que é teste", diz. No entanto, nos 24 casos, os filtros do sistema não identificaram que era uma imagem-teste.

"Identificado o problema, elas foram canceladas e os condutores não precisam entrar com recurso", disse. Quanto à reprovação dos aparelhos pelo Ibametro, ele diz ser normal. "Antes de ir à operação, eles são aferidos e podem apresentar um pequeno problema, que é corrigido. Se não houvesse esse risco, não precisava de aferição". Com exceção das multas geradas a partir do erro do sistema, as demais notificações registradas pelo equipamento interditado na Paralela estão valendo. "O problema foi na captura da imagem, não na velocidade", pontua Randerson Leal. (As informações do A Tarde)

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