Blusas por menos de R$ 15. Bolsas, a partir de R$ 30. Sapatos masculinos por R$ 25. Nem mesmo os preços baixos que caracterizam o comércio popular do centro de Salvador têm sido suficientes para assegurar um bom nível de vendas nas lojas da avenida Sete de Setembro e Baixa dos Sapateiros.
Para o consumidor, que também sente os efeitos da crise no orçamento doméstico, o momento pode render boas oportunidades: há produtos em oferta com mais de 40% de desconto, além de facilidades para entrega e montagem de produtos, sem a cobrança de taxas. "Encontrei preços iguais ou mais baratos que no ano passado", informou a dona de casa Vaninha Soares, que esteve na Rua Paraíso, para comprar produtos para a festa infantil do neto.
As facilidades oferecidas aos raros compradores não são à toa: de acordo com os registros do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Estado da Bahia (Sindilojas), a queda nas vendas nas lojas de rua do centro da capital baiana ultrapassa 50% em alguns estabelecimentos. Os dados são relativos a agosto e setembro, em comparação ao mesmo período no ano passado.
"Estamos chegando a um limite preocupante, inclusive com o fechamento de vários estabelecimentos e ameaça de mais desemprego", diz o presidente da entidade, Paulo Motta.
De janeiro a agosto, foram 50 mil profissionais desempregados no setor entre vendedores, pessoal administrativo e de logística. Resultado: as seleções para contratação temporária e as encomendas, que geralmente eram feitas nessa época do ano, estão suspensas até o momento. (As informações do A Tarde)
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