quinta-feira, 1 de outubro de 2015

TRANSALVADOR CRIA 23 KM DE CICLOROTAS EM 20 RUAS DA PITUBA E ITAIGARA

Há 13 anos, o servente Reginaldo Ribeiro, 51, usa a bicicleta para fazer o trajeto entre sua casa, no Vale das Pedrinhas, e o prédio onde trabalha, na Pituba. Nos 30 minutos que leva para pedalar entre os dois locais, Reginaldo faz questão de estar sempre atento. “Depois de tantos anos andando de bicicleta, já peguei experiência, então fico sempre ligado para que não ocorra nenhum acidente”, diz. Além de atenção, o servente acredita que a instalação de sinalização adequada e uma maior conscientização por parte dos motoristas e ciclistas tornariam seu deslocamento mais tranquilo. “Se houvesse mais vias preferenciais sinalizadas e mais consciência por parte dos motoristas, as coisas ficariam bem melhores”, conta ele.

O porteiro Carlos Antônio Silva, 54, que também trabalha na Pituba, chegou a comprar uma bicicleta, mas desistiu de usar o transporte por conta da insegurança que sentia na bike. “Os ônibus me imprensavam na rua, então eu desisti de andar, preferi vender. Eles não davam preferência para quem está na bicicleta”, afirma ele. O chaveiro Breno Souza, 14 anos, que usa a bicicleta para chegar na casa dos clientes, também na Pituba, já se envolveu em acidentes no trânsito. “Acabei caindo algumas vezes porque faltava sinalização e respeito dos motoristas”, diz.

Para garantir segurança aos ciclistas e conscientizar motoristas e motociclistas, a Transalvador anunciou esta semana que foram criados 23 km de ciclorrotas em 20 ruas nos bairros da Pituba e do Itaigara. Nessas faixas de trânsito, automóveis e bicicletas trafegam juntos, mas há placas de sinalização e pinturas no asfalto chamando atenção para o fluxo de ciclistas.

O superintendente Fabrizzio Müller explica que é uma sinalização sutil, mas que traz mais segurança para os ciclistas. “Ela é um indicação de caminho mais seguro ao ciclista. A gente coloca em vias secundárias, que têm velocidade menor. Conversamos muito com cicloativistas e eles gostam das ciclorrotas, se sentem mais seguros”, afirmou.

O economista Ricardo Correio, 45 anos, queria uma atividade ao ar livre e escolheu a bike para isso. Ele pedala todas as manhãs, e afirma que a sinalização vai fazê-lo sentir mais seguro. “Acredito que a sinalização vá melhorar a convivência entre motoristas e ciclistas”.

Müller acrescentou que as ciclorrotas fazem parte de um sistema maior, que pretende modificar, a longo prazo, a cultura no trânsito. “É uma cultura que estamos trazendo para a cidade, implementando um sistema cicloviário. Não posso dizer que vai haver um impacto imediato. É preciso que as pessoas utilizem mais (o sistema) no seu dia a dia. Estamos investindo para colher um transito melhor no futuro”. (As informações do Correio)

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