O avião russo que caiu pouco depois de decolar de uma cidade turística no Egito se quebrou enquanto estava em grande altitude, espalhando fragmentos por uma grande área na Península do Sinai, segundo informou um alto oficial russo neste domingo. Times de busca seguem tentando encontrar os corpos de todos os 224 mortos no acidente. Especialistas em aviação se uniram a pesquisadores em uma parte remota do Sinai, procurando por pistas do que feito o Airbus A321 cair abruptamente de uma altura de quase 9,5 mil metros apenas 23 minutos depois de decolar da cidade de Sharm el-Sheikh a caminho de São Petersburgo.
As equipes percorrem uma área de 16 quilômetros quadrados para encontrar corpos e pedaços da aeronave. A grande área sobre a qual os fragmentos foram encontrados indica que a aeronave se desintegrou enquanto estava voando alto, disse Alexander Neradko, chefe da agência russa de aviação. Ele não comentou as possíveis razões para o acidente, alegando que as investigações estão em andamento. Ao mesmo tempo, na Rússia, o luto tomou conta da cidade histórica de São Petersburgo, onde viviam grande parte das vítimas. O presidente Vladimir Putin declarou luto nacional e bandeiras foram postas a meio mastro. Até o meio-dia, 163 corpos haviam sido recuperados, de acordo com o governo egípcio.
Alguns dos corpos estavam sendo enviados de avião para a Rússia ainda neste domingo. O ministro dos Transportes russo Maxim Sokolov agradeceu autoridades egípcias pela ajuda e disse que o trabalho na análise de dados e gravações de dentro da cabine ainda não haviam começado. Um oficial egípcio que trabalhou na inspeção prévia ao vôo disse que a aeronave parecia estar em bom estado. Falando sob a condição de anonimato porque ele não estava autorizado a conversar com jornalistas, afirmou que o time de inspeção incluía ainda dois russos.
Apesar disso, canais de TV da Rússia citaram a esposa do co-piloto disendo que seu marido reclamava das condições do avião. Quando aviões quebram em pleno voo, isso normalmente ocorre por um de três fatores: um evento climático catastrófico; uma colisão no ar; ou uma ameaça externa como uma bomba ou um míssil. Sem indicações de que nenhum dos três fatores ocorreram neste caso, especialistas em aviação acreditam que os investigadores vão procurar elementos mais inusitados. (As informações do Estadão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário