Vestidas de branco e com turbantes, as baianas vão lotar o Pelourinho nesta quarta-feira (25). É que amanhã é Dia das Baianas de Acarajé e a programação em homanagem a elas incluem missa, cortejo e muita música. O dia começara com uma missa celebrada na igreja do Rosário dos Pretos, no Largo do Pelourinho. Depois da cerimônia, as baianas sairão em cortejo até a Praça da Cruz Caída, onde haverá um almoço e apresentações musicais.
Segundo a assessoria da Secretaria de Comunicação da Bahia (Secom), a tradicional missa será celebrada pelo padre Lázaro, que falará aos presentes sobre a necessidade de todos se unirem pelo fim da violência contra a mulher. Em seguida, o cortejo laranja tomará as ruas do Centro Histórico de Salvador, com as baianas pedindo o fim da violência contra as mulheres.
Durante o cortejo, as baianas usarão uma adereço laranja em apoio a Campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a ação é promovida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM-BA) e será lançada durante a comemoração das baianas.
Desafios - A presidente da Associação das Baianas de Acarajé (Abam), Rita Santos, destacou a importância do ofício. "Ser baiana é muito bom. É dar continuidade ao trabalho realizado por mulheres durante mais de 300 anos. Algumas delas morreram para manter essa tradição, então, esse dia é de grande alegria", disse.
A Associação estima que existam entre 3,5 mil e 4 mil baianas de acarajé trabalhando em Salvador. Ainda segundo a presidente, a partir do próximo ano um levantamento será realizado para contabilizar o número de baianas em toda a Bahia. O dado é uma das exigências para que o ofício das Baianas de Acarajé seja reconhecido como profissão.
"Estive em Brasília na semana passada e conversei com o Ministro do Trabalho. Demos andamento ao processo para o reconhecimento da atividade como profissão. Outro ponto em debate importante para a gente é como ficará a situação das baianas que trabalham na Orla de Salvador, que ainda está em discussão com a prefeitura", afirmou Rita.
Há 10 anos as Baianas de Acarajé receberam o título de patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Sete anos depois, foi a vez do Estado reconhecer a importância das quituteiras e as baianas receberam o título de Patrimônio Imaterial da Cultura Baiana. (As informações do Correio)
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