Os apressadinhos que transitam pela BR-324, no trecho entre Salvador e Feira de Santana, já receberam mais de 25 mil multas este ano. Somente entre janeiro e setembro deste ano, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-BA), foram 25.200 punições aos condutores que foram flagrados transitando em altíssima velocidade, o que representa 55,14% das infrações cometidas no período. É como se, diariamente, fossem registrados 167 multas e 92 delas fossem contra motoristas que desrespeitam o limite de velocidade da rodovia que, nos trechos fora do perímetro urbano, chega a 100 km/h.
Foram, ao todo, 45 mil multas aplicadas ao longo dos 226 quilômetros nos dois sentidos da rodovia que liga as duas maiores cidades do estado. São mais de 200 tipos de multas possíveis, mas, de fato, é a pressa que mais preocupa atualmente: até setembro, as infrações já ultrapassavam a quantidade de infrações do tipo em todo o ano passado. Os apressadinhos se dividem em três categorias: os que ultrapassaram em até 20% o limite, com 19.990 multas; os que ficaram entre 20% e 50% do limite, com 4.963 registros; e os que passaram em mais de 50% a velocidade máxima, que foram 247 casos.
A pressa, além de colocar em risco a vida do próprio motorista e de outras pessoas na pista, ainda pesa no bolso. A multa para quem ultrapassa em até 20% a velocidade da via é de R$ 85,13 – infração média. Quem fica entre 20% e 50% acima do limite de velocidade comete infração grave e paga multa de R$ 127,09. Já quem transita acima de 50% corre o risco de pagar multa de R$ 574,62 – a infração é considerada gravíssima.
Nesse período, somente com esses três tipos de multa, a PRF-BA arrecadou R$ 2,4 milhões. Para o chefe da seção de Policiamento e Fiscalização da PRF-BA, inspetor França, o aumento no número de multas se deve ao uso mais frequente dos radares móveis. Eles são utilizados todos os dias, mas a quantidade varia de acordo com o movimento. Em feriadões, por exemplo, são seis equipes com radares. E elas só contam com esses, já que os fixos, instalados em 2013, ainda não registram as infrações (veja abaixo).
O inspetor França destacou ainda a imprudência do condutor. “A gente tem atuado na parte de educação para o trânsito e fiscalização. Mas, infelizmente, o motorista ainda é muito imprudente”, disse. O número de multas por excesso de velocidade, que já é alto, subiu 26% em relação aos nove primeiros meses do ano passado, quando o total de infrações desse tipo foi de 19.802 – contra 24.953 em 2015. O trecho com maior número de multas aplicadas é a região do Acesso Norte, na saída da cidade, por conta do fluxo intenso de veículos. (As informações do Correio)
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