A cinco dias da reunião do diretório nacional que definirá se o PMDB rompe ou não com o governo federal, um aliado do vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer, foi exonerado pela presidente Dilma Rousseff. Antonio Henrique de Carvalho Pires foi demitido da presidência da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), depois que não aceitou trocar coordenadores da instituição para abrir espaço a indicados pelo PTN e o PMB.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ontem, Pires, que se define como “híbrido político-técnico”, disse que há cerca de um mês foi procurado pelo deputado licenciado Marcelo Castro (PMDB-PI), ministro da Saúde, para que fizesse as trocas.
Nesta semana, o engenheiro, que comanda a fundação desde 2014, disse ter sido novamente abordado sobre o assunto, mas, desta vez, pelo assessor especial da Presidência, Giles Azevedo.
“Terça-feira, fui chamado ao Palácio mais uma vez e disse: ‘olhe, vamos aproveitar este ponto de não concordância e vocês já trocam o presidente também”, disse Pires, para quem as alterações visavam atender ao PTN, que nos últimos 30 dias passou de quatro para 13 deputados, e ao PMB, que minguou de 22 para um deputado, mas tem voto na comissão especial do impeachment.
Quem assumiu interinamente a Funasa foi Márcio Endles Lima Vale, indicação do PTN, que também tem um voto na comissão. Peemedebistas avaliaram a exoneração do aliado de Temer como provocação, cujo efeito final será a saída do partido da base. Ontem, caciques do diretório do partido do Rio de Janeiro, um dos únicos ainda leais a Dilma, sinalizaram apoio ao fim da aliança. (As informações do
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