terça-feira, 29 de março de 2016

PERITOS RECLAMAM DA FALTA DE SEGURANÇA NAS AGÊNCIAS DE SALVADOR

Nada de câmeras, alarmes, detectores de metais ou vigilantes armados. Médicos que trabalham como peritos nas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Salvador, reclamam da falta de segurança. Na última quarta-feira (23), um homem armado entrou no consultório de uma das peritas, em Brotas. Os médicos pediram ajuda ao Ministério Público Federal (MPF-BA). Segundo a perita e diretora da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP), Edriene Teixeira, o paciente estava passando por uma segunda avaliação, depois de questionar o resultado da perícia anterior que atestou a recuperação dele e suspendeu o pagamento do benefício pelo INSS.

“Ele adentrou no consultório muito ríspido, muito nervoso, reclamando da alta médica, dizendo que teve perda financeira por conta do INSS e que isso não iria ficar assim. A perita ficou meio ressabiada, mas foi examiná-lo e foi então que percebeu que ele estava armado”, contou Teixeira. A perita teria avisado ao paciente que ele não poderia entrar no consultório armado e saiu por uma rota de fuga para chamar o vigilante. O homem teria se identificado como policial, mas não apresentou identificação e fugiu. Os dados deles foram repassados para a Polícia Federal.

Perda de equipamentos - Segundo Teixeira, a falta de segurança levou o INSS a instalar equipamentos de segurança como câmeras de vigilância nas unidades, alarmes nos consultórios e botões de pânico embaixo das mesas dos peritos. No entanto, a partir de 2014 esses recursos foram retirados ou desativados. “Eles retiraram as câmeras, os alarmes, reduziram o número de vigilantes. No caso da agência de Brotas, retiraram a segurança armada que havia sido solicitada justamente por conta do número maior de atendimentos naquela unidade e as coisas foram piorando”, afirmou.

De acordo com a diretora, a justificativa apresentada pelo INSS foi que o contrato com a empresa que prestava o serviço de segurança havia terminado e que uma nova licitação seria aberta para contratar uma nova empresa. A assessoria do INSS informou ao CORREIO que o processo licitatório ainda está em andamento e que não há prazo para a conclusão. Até lá, a assessoria informou que serão usados detectores de metais e que o órgão está estudando o remanejamento de vigilantes para suprir a necessidade de algumas agências que apresentam maior demanda. (As informações do Correio)

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