Foi em 1º de maio de 2010 que a piscina da Fonte Nova foi desativada. Nunca vou esquecer desse dia, porque me marcou profundamente", lembrou, com a voz embargada, o presidente da Federação Baiana de Desportos Aquáticos (FBDA), Sérgio Silva. Ele é um dos órfãos de esportes aquáticos que, seis anos depois, têm novamente um local para treinos e competições: às 18h30, o Governo do Estado entrega oficialmente o Centro Olímpico de Natação da Bahia.
A entrega do centro veio após boa dose de drama: inicialmente marcada para junho de 2011, a inauguração sofreu atrasos sucessivos (veja no quadro abaixo) e as obras chegaram a ser interrompidas. A promessa inicial do centro ser entregue com vestiários, banheiros, prédio administrativo e arquibancadas definitivos foi substituída por instalações móveis. Nada que prejudique o funcionamento da piscina, segundo o secretário de Emprego, Trabalho, Renda e Esporte, Álvaro Gomes. "A terceira etapa das obras, que dá conta da construção definitiva das arquibancadas, vestiários, da sede administrativa e dos banheiros não é vital para o funcionamento da piscina, porque hoje já temos tudo isso funcionando em estruturas móveis", garantiu
"As arquibancadas, que hoje têm 320 lugares, podem ser ampliadas para 500, 600 ou até 800 lugares a fim de cumprir requisitos das federações internacionais para a realização de torneios. A terceira etapa é mais uma questão estética do que funcional", completou, acrescentando que não há previsão de abertura de licitação para dar continuidade às obras, que custariam cerca de R$ 10 milhões. Até agora, o investimento do Governo do Estado foi de R$ 15 milhões.
Hoje, o equipamento, na avenida Bonocô, conta com uma piscina olímpica com dimensões oficiais de 50 x 25 m, 3 m de profundidade e 10 raias, sendo duas sobressalentes para facilitar a dispersão da água. Assim, a piscina pode receber competições oficiais de natação, polo aquático e nado sincronizado e se compara apenas ao Parque Maria Lenk, no Rio.
Dificuldades financeiras - De acordo com o secretário - que assumiu a pasta em janeiro de 2015 - uma série de problemas fizeram com que a inauguração da piscina, prevista para dezembro, passasse para esta segunda. "Enfrentamos um ano de dificuldades financeiras, e, às vezes, de atribuições de cada secretaria, departamento, autarquia... Nos reunimos semanalmente para resolver entraves de legislação e competência. Mas, para a qualidade e importância do equipamento, acho que esse atraso se torna bastante secundário diante dos benefícios sociais e ao esporte de alto rendimento".
A piscina olímpica faz parte do compromisso assumido pelo Governo do Estado em 2009 em devolver a Salvador os equipamentos esportivos perdidos com a demolição do Complexo Olímpico da Fonte Nova, que contava também com um ginásio esportivo e uma pista de atletismo. Um ginásio foi construído em Cajazeiras em novembro de 2014, mas a capital baiana segue sem pista de atletismo. Antes da inauguração, que conta com solenidade e apresentação da seleção brasileira de nado sincronizado, haverá torneio das categorias Mirim, Petiz e Absoluto, às 15h.
A começar por essa competição, o presidente da FBDA já apresentou um calendário movimentado. "Teremos competição no próximo sábado e nos dias 16, 17 e 30. Essa prova de hoje (segunda-feira, 28), mesmo, já é oficial e vale pontuação no ranking", pontuou o presidente. (As informações do A Tarde)
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