A Polícia Militar confirmou, em nota, que presta apoio ao Samu sempre que solicitada e que, nesses casos, marca um ponto de encontro com a equipe de socorristas para entrarem juntos no local e permanece até o fim do atendimento. A PM informou ainda que entra em qualquer localidade e que trabalha com superioridade numérica e, por isso, às vezes, é preciso chamar reforço – e aguardar. “O que pode ocorrer é uma interpretação equivocada por parte de alguma equipe do Samu que não quis esperar o reforço chegar no local para a prestação do atendimento médico”, diz a nota.
A médica Milena Ramos, que trabalha em Salvador, diz que, em algumas situações, o Samu entra em um bairro mesmo sem apoio policial, já que não é possível recuar quando a população avista a ambulância. O enfermeiro Benedito Filho afirma que acontece de a equipe chegar antes da polícia e atribui o desencontro a uma falha de comunicação.
Um terço das ligações recebidas é trote - De acordo com o coordenador do Samu em Salvador, o médico Ivan Paiva, o serviço recebe mais de mil trotes por dia. A maioria, diz, é passada por crianças. Mas também há histórias inteiras sustentadas por adultos.
“As pessoas simulam desde agressões por arma de fogo até brigas. Por isso que a gente chega a fazer muitas perguntas e, às vezes, as pessoas não entendem. Casos de trotes de crianças são mais comuns e mais fáceis de identificar”, diz.
Por conta dos trotes, segundo o coordenador, a equipe chega se deslocar para atender, por dia, pelo menos dois chamados mentirosos. “Tem adultos que simulam, respondem em detalhes, dizem que estão lá, o que está acontecendo. Eu tenho que mandar a ambulância, prefiro pecar por excesso”, afirma.
Por dia, o Samu recebe 3 mil chamados em Salvador. O sistema funciona 24 horas e tem mais de 900 servidores.
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