segunda-feira, 28 de março de 2016

CERCA DE 40% DO LIXO COLOCADO EM PVs É ORGÂNICO

Salvador possui, hoje, 150 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) distribuídos desde Periperi, no subúrbio ferroviário, até Itapuã, na orla. Todos os coletores de material reclicável contêm explicação sobre os resíduos que ali devem ser depositados, porém quase metade do lixo descartado é orgânico. "Temos ainda uma média de 40% de rejeito úmido, aquele que não é reciclável, depositado nos PEVs. Mas esse processo é natural, visto que temos pouco tempo de implantação dos pontos de entrega", ponderou o titular da Secretaria Municipal da Cidade Sustentável (Secis), André Fraga.
Os PEVs, ou "caixas azuis", como são conhecidas por parte da população, foram projetados para estimular a coleta seletiva do lixo simples e residencial. O principal objetivo é reduzir a quantidade de dejetos comuns nos aterros sanitários - a fim de que tenham uma vida útil maior - e proporcionar um destino ecologicamente correto para os resíduos básicos.

De acordo com o secretário municipal, o primeiro passo para os coletores funcionarem é qualificar os tipos de resíduos. "Eu sempre tento separar o meu lixo para descartar corretamente. Agora, com as 'caixas azuis', ficou mais fácil descartar, mas percebo que muita gente ainda coloca restos de alimentos nelas", contou Suzana Meira, 38 anos, moradora do bairro de Itapuã, um dos locais onde há PEVs instalados.

Residente no Rio Vermelho, outro bairro contemplado, João Paulo Garcia complementa: "Acredito que as pessoas jogam na caixa errada porque não sabem como funciona. Eu acho que deveria ser feita uma campanha educativa para acabar com este tipo de prática", sugeriu.

Fraga explica que, por enquanto, esse tipo de comportamento é esperado, pois a cidade ainda se encontra em fase de adaptação. No entanto, o secretário esclarece, também, que medidas educacionais são realizadas. "A prefeitura tem feito campanhas nas regiões próximas aos PEVs para qualificar melhor os resíduos. Essa fase é assim mesmo, pois Salvador está tendo, de forma macro, o primeiro contato com a coleta seletiva. A população ainda está aprendendo o que é e o que não é reciclável" disse. (As informações do A Tarde)

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