domingo, 31 de julho de 2016

LUTA CONTRA TRÁFICO DE PESSOAS GANHA SEDE

O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado da Bahia (NETP-BA), localizado no Pelourinho, foi reaberto na manhã desta sexta-feira, 29, como parte do encerramento da campanha "Coração Azul". A ação, que teve o objetivo de combater e prevenir o tráfico humano - prática criminosa considerada uma das mais graves violações dos direitos humanos -, promoveu durante toda a semana cursos de formação, capacitação de gênero e atividades de mobilização social, além de panfletagem nos terminais rodoviários do estado e no terminal marítimo da capital.

"Passamos a contar com uma equipe multidisciplinar, que vai fortalecer o nosso trabalho de prevenção e de amparo a essas vítimas, que serão encaminhadas a órgãos competentes. Na Bahia, foram localizadas cerca de 30 rotas que são utilizadas para o tráfico. A maioria está localizada em regiões carentes", afirmou o Secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS ), Geraldo Reis.

O núcleo funciona de segunda a sexta-feira, na rua Frei Vicente, e conta com uma equipe formada por psicólogo, assistente social e advogado, responsável por encaminhar os casos de tráfico de pessoas aos órgãos competentes nas esferas de governo municipal, estadual e federal.

O NETP-BA registrou, no segundo semestre de 2015, cerca de 78 casos de tráfico humano de vários gêneros, dentre eles exploração sexual, adoção ilegal e trabalho em condição análoga a de escravo.

"Setenta e três por cento das vítimas em todo o Brasil são do sexo feminino, principalmente crianças e adolescentes que se encontram em condições de vulnerabilidade socioeconômica. As vítimas são atraídas, na maioria das vezes, por falsas promessas de emprego", explica Anhamona de Brito, superintendente da SJDHDS.

Para ela, novos meios de comunicação, como a internet, têm sido uma ferramenta muito utilizada por aliciadores para atrair suas vítimas. "Identificamos que a forma de aliciamento tem se modificado bastante, principalmente por conta das redes sociais, sobretudo com o público mais jovem. Isso serve de alerta para adotarmos medidas diferenciadas para a proteção dessas pessoas", completa.

No Brasil -
A promotora de justiça Márcia Teixeira, do Centro de Apoio de Direitos Humanos do Ministério Público da Bahia (MP-BA), alerta para os casos de tráfico internos de crianças e adolescentes.

"Existe uma preocupação muito grande com o tráfico internacional. No entanto, em território nacional, há muitas vítimas, em sua maioria crianças, que são raptadas para servir de empregas domésticas e alimentar o mercado sexual", pontua. (As informações do A Tarde)

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