O lucro da Apple recuou 27% no terceiro trimestre, pressionado pelo primeiro recuo prolongado nas vendas do iPhone desde que o produto foi lançado em 2007, de acordo com o balanço da empresa. As receitas recuaram pelo segundo trimestre seguido, juntamente com o seu principal produto, que aguarda uma atualização para setembro. Os modelos autuais da marca não venderam tanto quanto os primeiros iPhones de tela grande, pressionados pelo fraco crescimento no mercado de smartphones e demanda morna da China. Além disso, os consumidores estão demorando mais para trocar os aparelhos, em decorrência de mudanças em contratos de companhias telefônicas.
A Apple afirmou que seu lucro líquido foi de US$ 7,8 bilhões no terceiro trimestre do ano fiscal encerrado em 25 de junho, em queda na comparação com os US$ 10,68 bilhões observados no mesmo período do ano passado. Os ganhos por ação recuaram para US$ 1,42, de US$ 1,85. As receitas recuaram 14,6% para US$ 42,36 bilhões, de US$ 49,6 bilhões há um ano. Às 16h05, as ações da companhia subiam 6,15% na negociação after hours, em Nova York, com os resultados superando as expectativas do mercado.
Analistas consultados pela Thomson Reuters previam que a Apple reportaria ganhos de US$ 1,38 por ação sobre receitas de US$ 42,1 bilhões. O recuo das vendas do iPhone acontece ao passo em que a rival chinesa da Apple, a Huawei Technologies, ganha terreno no mercado global de smartphones, aumentando a ameaça de competitividade para a Apple e para a Samsung Electronics.
O chefe da unidade de bens de consumo da Huawei, Richard Yu, manifestou confiança de que atingiria sua meta de exportar 140 milhões de smartphones neste ano, em uma alta de 30% na comparação com 2015. A companhia chinesa disse que exportou 60,6 milhões de smartphones nos seis meses encerrados em junho, aumento de 25% ante o ano passado. Após interromper oito anos de crescimento de vendas do iPhone no primeiro trimestre, a Apple seguiu com outro declínio nos três meses seguintes. A companhia disse que vendeu 40,4 milhões de unidades do produto durante o segundo trimestre, ante 47,5 milhões de aparelhos no ano anterior. (As informações do Estadão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário