domingo, 28 de agosto de 2016

BAHIA CRIA 12 MIL VAGAS EM TI

A tecnologia possui papel central nas dinâmicas sociais do presente e, certamente, futuro. Espera-se que mais de 750 mil vagas de trabalho sejam abertas no país nos próximos quatro anos, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom).

A entidade não possui projeções sobre a Bahia, mas o estudo Mercado de Profissionais de TI, da própria Brasscom, estima que o estado responde por 0,16% da demanda de trabalhadores, o que representaria cerca de 12 mil vagas.

O diretor de relações institucionais da associação, Sérgio Sgobbi, credita as vagas abertas ao intenso ritmo das novidades do setor, o que exige constante renovação de conhecimentos por parte dos trabalhadores. "A atualização tecnológica nunca para. O profissional de TI precisa se atualizar sempre", afirma. O Cadastro Brasileiro de Ocupações indica que a função mais promissora da área é a de analista de sistemas.

Também otimista, o diretor da franquia baiana da Totvs, Fábio Fantini Felicetti, diz que a empresa deve contratar 20 funcionários. "Na nossa visão, o Brasil voltará a crescer a partir de outubro e em 2017 não iremos mais lembrar da crise. Nosso planejamento é crescer 30% em 2017", afirma o empresário.

"O mercado avança e o número de empresas cresce, assim como a qualidade do trabalho desenvolvido por elas", analisa o estudante do oitavo, e final, semestre de sistemas de informação da Unime, Félix Costa, 22. O jovem, que atualmente estagia em uma empresa de softwares em Lauro de Freitas, pretende trabalhar como desenvolvedor de sistemas operacionais quando se formar.

"No início, tive dificuldade para conseguir estágio, mas acredito que quem esteja entrando agora no curso não passa por isso", opina sobre o atual cenário de crescimento.

Expectativa de atuação - De acordo com análise realizada pela IDC, consultoria de indústrias de tecnologia da informação, o mercado de tecnologia brasileiro, até o fim do ano, terá crescimento de 2,6%. A estimativa é que a receita produzida pela área chegue a US$ 165,6 bilhões. Em relação à formação de grau superior na área, os futuros alunos precisam estar atentos a expectativas inconsistentes.

"Os alunos são imediatamente introduzidos ao estudo profundo de matemática. É uma área que pode enganar. Muitos chegam à faculdade achando que apenas vão ficar na frente do computador e criar projetos o tempo todo", explica o professor do bacharelado de sistemas de informação da Ufba e doutor em ciência da computação Maurício Pamplona Segundo.

O professor é responsável, dentre outras, pela aula de introdução à lógica de programação, onde os alunos passam a ter contato inicial com a prática de elaboração de sistemas operacionais. "Eles, a partir desse momento, deixam de ter uma postura de usuário de tecnologia, mais passiva, e passam a propor soluções para outros usuários'', afirma.

Grupo da Ufba é destaque em competição internacional


Em maio deste ano, os alunos de sistemas de informação da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Guilherme Bernal, Roberto Caldeira e Jonathan Queiroz, coordenados pelo professor Maurício Pamplona, chegaram ao 3º lugar, dentre as equipes do Brasil, em uma competição internacional da área. Atualmente, eles se preparam para o torneio do ano que vem.

O grupo obteve o desempenho no campeonato ICPC (International Collegiate Programming Contest - Competição Internacional de Programação Universitária, em tradução livre). No ranking geral da competição, realizada na Tailândia, os três alunos e o professor alcançaram o 81º lugar. Três mil equipes de todo o mundo compunham a competição.

O bom resultado foi possível graças à dedicação ao longo da preparação. "Nos reuníamos todos os sábados para estudar", explica o professor. Na fase nacional de 2014, a equipe havia ficado na 20ª posição. Com esforço, passaram para a quarta e se classificaram para a mundial.

A competição consiste na resolução de problemas de programação de softwares apresentadas. A pontuação é atribuída aos grupos que resolvem mais questões em um menor espaço de tempo. Atualmente, os alunos e o professor se preparam para a fase regional, em setembro. A nacional acontece em novembro e a internacional em maio. (As informações do A Tarde)

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