domingo, 28 de agosto de 2016

UNIDADES LOTADAS REVELAM CRISE NO SISTEMA SOCIOEDUCATIVO DA FUNDAC

Segundo o relatório da central de vagas e regulação da Fundac, 562 adolescentes cumprem hoje medidas socioeducativas de internação, internação provisória e semiliberdade na Bahia. A capacidade total das unidades seria de 462 jovens. As mortes que ocorreram na Case Simões Filho fazem as autoridades enxergarem na superlotação uma das causas da tensão dentro das unidades.

Segundo o juiz Nelson do Amaral, uma crise assola o sistema. “O grande problema nosso é a superlotação. Porque a coisa foge do controle dos educadores. A gente sabe que há uma crise de toda a forma”, admite Amaral.

O sindicato dos agentes também denuncia um déficit de socioeducadores. De acordo com a própria Fundac, eles são 830 no total e trabalham em regime de turno. O sindicato calcula que seriam necessários entre oito e dez agentes para cada 20 ou 23 adolescentes. “Tem alojamento com mais de 20 adolescentes com três ou quatro agentes”, afirma Antônio Reis, diretor do sindicato.

Sem falar em crise, por nota oficial, a Fundac destacou apenas que “através da qualificação dos profissionais do atendimento socioeducativo e a requalificação das instalações, está promovendo a melhoria do atendimento aos adolescentes”. (As informações do Correio)

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