A Coreia do Norte ameaçou neste sábado abrir fogo contra o equipamento de iluminação utilizado por tropas norte-americanas e sul-coreanas “provocadoras” em um vilarejo de trégua dentro da zona desmilitarizada que divide as duas Coreias. O Exército do Povo Coreano (KPA) acusou soldados dos EUA e da Coreia do Sul de “provocações deliberadas” por direcionar as suas luzes a postos de guarda norte-coreanos em Panmunjom desde sexta-feira à noite.
O KPA disse em um comunicado que as ações dos soldados ameaçaram seriamente a segurança das tropas norte-coreanos e interromperam as suas atividades de monitoramento normais. O exército norte-coreano disse que as atividades têm despertado ainda mais a ira dos soldados do país, em um momento em que a península coreana está “à beira da guerra” devido ao início de exercícios militares conjuntos anuais entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos na segunda-feira, que, segundo Pyongyang, são um ensaio de invasão.
“Focos de luz dirigidos para o lado do KPA aleatoriamente são interpretados como um meio intolerável de provocação e serão alvo de tiros pontuais impiedosos”, disseram diretores de segurança do KPA em Panmunjom, em comunicado, transmitido pela mídia estatal da Coreia do Norte. “O verdadeiro objetivo pretendido pelos provocadores por meio de seu recente ato é enervar seriamente os soldados do KPA, levá-los a tomar as devidas contramedidas e classificá-las como provocação”, afirmou.
O Ministério da Defesa da Coreia do Sul não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A declaração de militares da Coreia do Norte ocorreu horas depois de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter emitido uma declaração condenando veementemente quatro lançamentos de mísseis balísticos da Coreia do Norte em julho e agosto.
Na terça-feira, o comando das Nações Unidas na Coreia do Sul, liderado pelos EUA, acusou a Coreia do Norte de plantar minas terrestres perto do vilarejo de trégua. Panmunjom, supervisionado conjuntamente pela Coreia do Norte e pelo comando da ONU, é o lugar onde um armistício que encerrou a Guerra da Coreia (1950-1953 foi assinado e é agora um ponto turístico popular para visitantes de ambos os lados. (As informações do Estadão)
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