O empresário Eike Batista, alvo de um mandado de prisão da Operação Eficiência, deflagrada na última quinta-feira, 26, deve desembarcar por volta das 10h30 desta segunda-feira, 30, no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, para se entregar à Polícia Federal (PF) no Brasil. Ele embarcou no voo 973 da American Airlines, às 21h45 deste domingo, no aeroporto JFK, em Nova York, segundo o Jornal O Globo.
O empresário deixou o país na última terça-feira, dois dias antes de a PF tentar cumprir ordem de prisão contra ele no âmbito da operação que é um desdobramento da Lava Jato no Rio. A operação apura suposto esquema usado pelo ex-governador do Estado, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e outros investigados para ocultar mais de US$ 100 milhões remetidos ao exterior. Eike está no esquema.
Saída do País - Na última quinta, o advogado do empresário, Fernando Martins, afirmou ao Estado que Eike pretendia se apresentar à Justiça, mas ainda não tinha data nem local para fazê-lo. De acordo com a Polícia Federal, Martins esteve na sede do órgão no fim da tarde de sexta e afirmou que seu cliente se apresentaria "no curto prazo".
Até este domingo a PF afirmava que seguia com protocolos para capturar o empresário, com o acionamento das polícias de diversos países do mundo, especialmente nos Estados Unidos. Já na quinta, após constatado que Eike estava fora do País, o empresário teve seu nome incluído na difusão vermelha da Interpol, índex de criminosos procurados.
Corrupção ativa - Eike, que já foi considerado o sétimo homem mais rico do mundo, é suspeito de corrupção ativa. Ele é acusado de repassar propina de US$ 16,5 milhões para o ex-governador do Rio por meio de simulação de contrato de consultoria para compra de uma mina de ouro na Colômbia, em 2011, pelo grupo do empresário.
Eike viajou para Nova York na última terça. No dia seguinte, sua mulher, Flávia, e o filho caçula tomaram outro voo com o mesmo destino. O empresário tem passaporte alemão. A Polícia Federal, até este domingo, estava em contato com a Interpol para tentar localizá-lo. A saída dele do Brasil justamente dois dias da execução da ordem de prisão levantou suspeitas de vazamento de informação sobre a ação da PF.
A polícia também procura Francisco de Assis Neto, o Kiko, que teve, igualmente, prisão preventiva decretada na Operação Eficiência. Sua defesa diz que ele está nos Estados Unidos desde 6 de dezembro, com mulher e dois filhos. O advogado Breno Melaragno afirma que não há motivos para seu cliente ser considerado foragido e que ele está adiantando sua volta ao Rio.
Prisão - Em cinco anos, o empresário Eike Batista viu seu conglomerado falir, não conseguiu evitar que sua fortuna minguasse e, agora, transformou-se em alvo da Operação Lava Jato, que apura um megaesquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo grandes empresas e políticos.
Filho de um ex-ministro de Minas e Energia, ele fez fortuna com mineração. Em março de 2012, Batista foi citado como oitavo homem mais rico do mundo com um patrimônio estimado em US$ 34,5 bilhões. (As informações do A Tarde)
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