Diante do momento delicado na relação entre o Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Michel Temer tenta evitar ao máximo que a escolha do nome que substituirá Teori Zavascki desagrade a presidente da Corte, Carmen Lúcia. Segundo informações da coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, a ministra não será consultada, mas Temer pretende usar todos os espaços de interlocução de modo que ela não fique insatisfeita com a indicação. Um palaciano próximo ao presidente sinaliza que como há coincidência no mandato de Temer e Carmen Lúcia, eles precisam manter uma boa relação. No tribunal há temas sensíveis ao governo, como a sucessão na Câmara e processos da Lava Jato que citam diversos membros da Esplanada.
Há também uma movimentação externa em torno da cadeira de Zavascki. Com o favoritismo de Ives Gandra Martins Filho, um grupo de advogados articula lançar um “anticandidato” para marcar posição contrária à indicação do atual presidente do Tribunal Superior do Trabalho. As críticas a Gandra Filho se referem a suas posições conservadoras e são apontadas como “retrocesso”. Na lista de possíveis indicados estão Geraldo Prado, Gisele Cittadino, Leonardo Isaac e Ricardo Lodi (este atuou na defesa da ex-presidente Dilma Rousseff).
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