O governador Rui Costa deixou claro nesta segunda-feira, 23, durante cerimônia de posse dos novos secretários, que ainda pode fazer mudanças na sua equipe. “Ninguém tem estabilidade no emprego. Os outros são passíveis de, em alguém momento, sofrer mudanças”, afirmou Rui. Nesta reforma administrativa, o governador fez alterações em 30% das pastas e deu posse, no auditório da Fundação Luiz Eduardo Magalhães (CAB), a sete novos secretários.
A fala do governador dando a entender que a reforma não foi concluída põe na berlinda a articulação política do governo, hoje sob o comando do secretário Josias Gomes, depois da trapalhada ocorrida na última sexta-feira, quando o gestor anunciou as mudanças na composição da sua equipe. Rui, que havia indicado Abal Magalhães para o comando da Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), teve que voltar atrás, menos de 24 horas, e manter José Lúcio Machado no cargo.
A razão do recuo teria sido manifestações de Abal Magalhães em redes sociais criticando a cúpula do PT. Ele teria feito duras críticas ao ex-governador Jaques Wagner, agora efetivado secretário de estado, e pedido, inclusive, a prisão dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.
“Eu exerci este cargo por três anos e meio e tenho absoluta ciência das dificuldades, porque é a secretaria mais difícil de exercer”, afirmou Rui, garantindo, por ora, a manutenção de Gomes na secretaria de Relações Institucionais.
Mudanças visam a “oxigenar” governo - O governador Rui Costa espera um “maior entusiasmo” na equipe com os novos gestores. São eles: Jaques Wagner (Desenvolvimento Econômico), Geraldo Reis (Meio Ambiente), Carlos Martins (Justiça), Julieta Palmeira (Políticas para Mulheres), Olívia Santana (Emprego e Renda), Fernando Torres (Desenvolvimento Urbano) e Vivaldo Mendonça (Ciência e Tecnologia
Wagner - A ascensão do ex-governador Jaques Wagner à condição de secretário de Desenvolvimento Econômico (SDE), que setores políticos interpretam como um reforço à articulação política do governo, também foi afastada pelo governador.
Segundo ele, Wagner está indo para o primeiro escalão do governo com a função de ajudar, com a experiência que teve em Brasília à frente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, a atrair empresas para projetos na Bahia, sejam eles públicos ou investimentos privados.
“Num momento de crise, de contração dos investimentos, é importante ter alguém (como Wagner) com bom trânsito no empresariado, para buscar sensibilizar, convencer empresas e investidores a realizarem investimentos na Bahia”, disse o petista.
O governador demonstrou, no entanto, que está atento às queixas em relação à articulação política do governo. Rui recomendou aos novos secretários, em almoço antes da solenidade, receberem parlamentares para audiências.
“Recomendei que a gente possa acelerar a marcação de audiências, porque um deputado não vem só pedir. Ele vem apresentar sugestões que ajudam a melhorar a máquina pública e o funcionamento do estado”, assinalou o governador. (As informações do A Tarde)
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