Em Salvador, das 7h às 22h, é permitido barulho de até 70 decibéis, o que, de acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), equivale ao barulho de um aspirador de pó. Das 22h às 7h, o limite cai para até 60db, o tom de uma conversa animada.
Quem sentir que o limite não está sendo respeitado pode ligar para o Fala Salvador (156) e fazer a denúncia. O serviço funciona todos os dias, 24 horas por dia, e conta com 30 fiscais que trabalham no combate à poluição sonora. O número é insuficiente. “Tem quase 10 anos sem concurso de fiscal na prefeitura. E muitos já estão para se aposentar. Imagino que 80 seria o número ideal para essa equipe”, lamenta Márcia Cardim, subcoordenadora de fiscalização sonora da Sedur.
Para ela, é importante pensar além da punição ao responsável pelo barulho. “A gente tenta conscientizar grandes grupos em escolas e associações de bairro, através de palestras. Acredito que as coisas não mudam apenas com multas”, diz Márcia. Em 2016, a subcoordenação conduziu 98 eventos com esse intuito, com público estimado em mais de 8 mil pessoas. Muita gente, no entanto, continua perturbando a paz alheia.
“Eles reúnem a galera, botam o carro e vai juntando gente. E o pior: é sempre o mesmo CD”, brinca uma moradora da Baixa Fria. Há seis meses, Adonai Dantas mudou-se do bairro para morar melhor. “O barulho me incomodava muito. Não conseguia estudar nos finais de semana por causa do som de bar”, lembra ele.
Quem for flagrado com o som alto pode receber notificação, autuação e até ter o equipamento apreendido. A multa varia de acordo com os decibéis, registrados na hora por um decibelímetro: entre R$ 813 e R$ 135 mil. Os equipamentos apreendidos são encaminhados para o depósito da Sedur e o responsável tem 60 dias para retirá-los. Acabado o prazo, os aparelhos podem ir a leilão. (As informações do Correio)
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