Emprestar o cartão de meia passagem ou de gratuidade nos ônibus para um parente ou amigo pode até parecer uma ação generosa e benevolente, mas é ilegal e, agora, pode render a suspensão do benefício em Salvador. É o que garante Secretaria Municipal de Mobilidade (Semob) e o Consórcio Integra, que resolveram instalar microcâmeras próximas às maquinetas onde a passagem é registrada, permitindo a identificação de supostos fraudadores e a suspensão do benefício de 200 usuários.
Isso se tornou possível depois da instalação dos aparatos tecnológicos, desde o ano passado, em 2.400 dos 2.700 ônibus da frota municipal. Além da suspensão, que pode durar seis meses, a partir de agora, o empréstimo do bilhete único, que é proibido por decreto municipal, pode custar até o cancelamento do cartão em definitivo.
Segundo a Semob, o prejuízo com as fraudes é grande para as empresas de ônibus. Em 2015, foram R$ 50 milhões de prejuízo. No ano passado, o número subiu para R$ 70 milhões. A pasta não tem dados de 2017, mas, somente no último mês de junho, foram R$ 4,2 milhões em prejuízo.
Sai biometria, entra fotografia
Há pelo menos um ano, o reconhecimento biométrico foi deixado de lado e foram implantadas microcâmeras em 2,4 mil ônibus municipais - a frota de Salvador tem cerca de 2,7 mil veículos. O aparelho fotográfico, que fica no lado esquerdo do painel da catraca, permite que, no momento em que o usuário coloque o cartão na máquina, 10 fotos sejam tiradas em sequência, a uma distância de até um metro.
O sistema analisa a fotografia mais nítida e confere se a imagem da pessoa que está usando o bilhete é a mesma da que está registrada no banco de dados da Transcard, empresa responsável pela bilhetagem eletrônica. (As informações do Correio)
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