Somente este ano, a lancha Cavalo Marinho I, , que virou na última quinta-feira (24) na Baía de Todos-os-Santos, passou por 32 inspeções navais. A última, feita nos equipamentos, foi realizada no dia 20, quatro dias antes da tragédia. A próxima vistoria estava marcada para acontecer entre 15 de outubro de 2017 e 13 de abril de 2018, segundo o Certificado de Segurança de Navegação, que o CORREIO teve acesso, emitido em janeiro de 2016 pela Capitania dos Portos.
Em abril de 2019 estava prevista a vistoria intermediária de equipamentos. O documento, assinado pela Capitania dos Portos, atesta que “a embarcação cumpre os requisitos de acessibilidade para o transporte coletivo aquaviário de passageiros. Que as vistorias evidenciaram que seu estado é satisfatório e que cumpre com as prescrições indicadas”. Este certificado é válido até 13 de janeiro de 2020.
Além das vistorias realizadas pela Capitania dos Portos, passava por inspeções navais periódicas, realizadas pela Marinha. De acordo com o comandante do 2º Distrito Naval, comandante Flávio Almeida, durante a inspeção naval são observados equipamentos de segurança e os documentos da embarcação.
“Quando a gente aborda uma embarcação como essa, durante uma inspeção naval, pede que apresente a documentação, para verificar se está inscrita na Capitania dos Portos, se está em dia com as vistorias que eventualmente foram e se dispõe dos equipamentos de segurança obrigatórios”, explica o comandante.
A Cavalo Marinho I tem 44 anos e, de acordo com o comandante, não há limite de idade para as embarcações. “Não existe limite de idade para embarcação, quem atesta a capacidade de navegar é o engenheiro naval, que faz planos técnicos que atestam a capacidade de ela navegar. O engenheiro é contratado pela empresa para fazer uma uma nota de responsabilidade técnica, que é registrada no Crea”, detalha Almeida. (As informações do Correio)
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