O administrador Marcelo Maran, investigado na Operação Custo Brasil por suspeita de integrar um esquema de desvio de dinheiro em contratos de empréstimos consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, assinou acordo de delação premiada. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Maran era responsável pela contabilidade do escritório do advogado Guilherme Gonçalves, apontado como o gestor de repasses ilegais destinados a campanhas e gastos pessoais da presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR), e de seu marido, o ex-ministro de Planejamento Paulo Bernardo.
Ainda de acordo com Folha, Maran contou aos membros da força-tarefa da Procuradoria-Geral da República em Brasília como funcionava o esquema de propina – desde abril ele atua junto aos procuradores para identificar o conteúdo de planilhas, documentos e manuscritos apreendidos no escritório de advocacia. Maran informou quais notas fiscais foram forjadas para justificar as despesas de Gleisi e apontou a destinação do dinheiro vivo que teria sido sacado na boca do caixa.
Uma pessoa envolvida no acordo, que aguarda homologação do ministro José Antônio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma pessoa envolvida com o acordo, os depoimentos do delator, gravados em vídeo, corroboram as acusações feitas pela Procuradoria contra os petistas. O delator indicou ainda que além do dinheiro desviado dos contratos de crédito consignado, o delator também falou sobre corrupção envolvendo empresas de transporte público do Paraná.
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