quarta-feira, 2 de agosto de 2017

SUSPEITO DE MATAR ADOLESCENTE NO CABULA CHORA E DIZ SER INOCENTE

Suspeito de matar um adolescente no terreno do restaurante Paraíso Tropical em abril deste ano, Fabilson Nascimento Silva, 31 anos, chorou e disse ser inocente durante apresentação à imprensa no fim da manhã desta quarta-feira, 2, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O homem, que trabalhava como segurança em um local de criação de galos no terreno onde o crime ocorreu, afirmou que o tiro que acertou Guilherme dos Santos Pereira da Silva, 17 anos, "foi acidental". Ele explica que, após abrir o portão que dava acesso ao pomar, a arma disparou.

Arma do crime
Fabilson afirmou que quem teria fornecimento a arma foi o dono do restaurante, o chef Beto Pimental. Ao Portal A TARDE, Beto informou que não deu o revólver ao segurança. ''Outro funcionário trouxe essa arma para 'Barriga' consertar. Cheguei a ver ele desparafusando, mexendo na arma. Não dei arma nenhuma a ele”, afirmou ele.

“No dia do crime eu estava tomando banho quando 'Barriga' me chamou dizendo que quatro ladrões estavam roubando os galos. Depois, enquanto eu vestia a cueca, eu escutei um barulho e ele me disse que achava que tinha acertado um. Eu falei com ele para ligar para o Samu e esperar a polícia para se entregar e alegar que foi legítima defesa, que estava protegendo o estabelecimento”, complementou Beto.

O dono do restaurante ainda contou que, "quando terminei de falar, ele disse que tinha jogado o corpo na (avenida) Luís Eduardo. Foi quando eu mandei ele ir lá pegar de volta e disse a ele que isso era crime, ocultação de cadáver... Esses caras já tinham roubado várias vezes aqui. É um absurdo você ter sua casa invadida por ladrões e eles serem as vítimas”.

Encontrado em Pernambuco
De acordo com a polícia, Fabilson, foragido desde o dia 28 de abril quando teve a prisão preventiva decretada, foi encontrado no município de Serra Talhada, em Pernambuco, enquanto aguardava na rodoviária a visita da esposa e dos filhos. Ele estava trabalhando como ajudante de pedreiro para mandar dinheiro para os familiares na Bahia, segundo a polícia. O suspeito ainda revelou que fugiu do estado porque não tinha dinheiro para pagar um advogado.

Fabilson deve ficar preso preventivamente por 30 dias até a conclusão do inquérito. A polícia informou que o homem já tinha passagem por um homicídio cometido quando era adolescente, cumprindo medidas socioeducativas. Ele agora deve responder por ocultação de cadáver e homicídio.

Segundo investigações da polícia na época do crime, o adolescente Guilherme teria sido morto com um tiro na altura do ouvido no dia 17 de abril, no pomar do restaurante Paraíso Tropical, no Cabula, após invadir a propriedade na companhia de três amigos para colher frutas. Os outros garotos contaram à polícia que ouviram um barulho de tiro, mas que, quando olharam para trás, só viram o amigo caído.

Briga de galos
O suspeito foi contratado pelo chef Beto Pimentel, dono do restaurante. Ele afirmou ser proprietário de um local de criação de galos, localizado próximo ao local do crime, e que contratou o homem depois que alguns animais foram roubados.

Durante a apresentação desta quarta, a polícia informou que esse local abrigava, na verdade, galos para a promoção de briga entre os animais e que os bichos chegavam a valer de R$ 30 a R$ 50 mil. O suspeito afirmou, ainda, que, ao contrário do que a polícia apurou, os garotos pularam para roubar, justamente, os galos, e não frutas. (As informações do A Tarde)

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