A pré-candidata do Partido Verde (PV) à Presidência da República, senadora Marina Silva (AC), afirmou nesta terça-feira (4) que houve “incoerência política” por parte dos que pressionaram para que o PSB desistisse da candidatura do deputado Ciro Gomes (PSB-CE) a presidente nas eleições de outubro.
Ela não quis comentar a suposta interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o deputado não entrasse na disputa. “Não há porque criar uma situação para não ter uma candidatura. Houve uma incoerência de quem pressionou, porque seria muito bom ter o Ciro no primeiro turno. Se o presidente Lula pressionou, eu não sei. Mas a democracia perdeu sem a candidatura do Ciro”, disse a pré-candidata, em entrevista coletiva transmitida pela internet.
O PSB anunciou no dia 27 de abril que Ciro não disputaria o cargo, apesar da disposição do deputado. Segundo o presidente da sigla e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi “a leitura da conjuntura política feita pelos 27 estados e junto aos movimentos sociais que influenciou na decisão de vetar a candidatura de Ciro”. “Tivemos 20 estados que decidiram por não ter candidatura e apenas sete estados decidiram ter candidatura.”
Ainda sobre o papel do presidente Lula nas negociações políticas que levaram à desistência de Ciro Gomes, Marina afirmou que o principal responsável pela saída do deputado da disputa foi o partido. Ela também ressaltou a lealdade de Ciro ao governo Lula. O deputado do PSB foi ministro da Integração Nacional no primeiro mandato de Lula. “Ele foi leal. Ajudou a eleger o presidente Lula no segundo turno e ajudou em muitos momentos no governo.”
Ficha limpa
Licenciada do mandato de senadora para se dedicar à pré-campanha Marina Silva afirmou ainda que reassumirá o cargo para participar da votação do projeto Ficha Limpa, que impede a candidatura de condenados pela Justiça. O assunto deve ser analisado pela Câmara e, se aprovado, seguirá ainda para o Senado.( Informações são do G1)
Letícia Rastely
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