O presidente da Fifa, Joseph Blatter, afirmou nesta sexta-feira (27) que está "impressionado" com a Copa do Mundo no Brasil e disse que o povo "está mais no jogo do que na rua nos protestos". As declarações foram divulgadas nos canais oficiais da entidade.
Em vídeo, o mandatário faz um balanço da primeira fase da Copa do Mundo, encerrada na quinta, critica a Itália por praticar um futebol defensivo e defende mais inovações tecnológicas no futebol. Mas mais que tudo, elogia o nível técnico e o espírito ofensivo vigente no Mundial e celebra o que, para ele, foi a vitória da Copa sobre as manifestações populares contrárias a ela que a Fifa tanto temia no Brasil. “Eu disse que depois do chute inicial o futebol iria tomar conta do país. Então, o povo brasileiro está agora mais no jogo do que nas ruas em protestos. E isso é muito bom. A aceitação desta Copa do Mundo vai continuar, porque as próximas partidas vão ser boas, duras, com um excelente nível de futebol”, disse o dirigente, antes de evocar o sucesso de gols da competição.
“Eu não sou o único que está impressionado. Mas o que mudou em relação as últimas copas é que todo mundo quer ganhar e não não perder. As últimas partidas da terceira rodada tiveram muita tática para manter o resultado e também vários jogos foram conquistados nos últimos minutos. É emocionante, é apaixonante.”
Nos primeiros 48 jogos da Copa do Mundo, foram marcados 136 gols, uma média de quase três por partida (2,86). Três das oito campeãs mundiais foram eliminadas já na primeira fase: Espanha, Inglaterra e Itália, duramente criticada por Blatter por ir, segundo ele, na contramão do estilo predominante no Mundial. “O espírito de ataque, todos times querendo fazer o mesmo é muito bom. Se esperar, você perde. É só ver o que aconteceu aos europeu, como foi com os italianos. Esperaram, esperaram e saíram.”
O presidente da Fifa comemorou ainda o sucesso de duas tecnologias implantadas nesta Copa, o spray para marcar o posicionamento correto da barreira na cobrança de faltas e o sistema que detecta se a bola ultrapassou a linha do gol em lances polêmicos. E, assim como já havia feito no congresso da entidade, duas semanas atrás, defendeu que o futebol passe a uso os replays em jogadas duvidosos.
Blatter deseja implantar o desafio, um sistema semelhante ao existente no tênis e no futebol americano, em que os treinadores podem contestar por um número pré-determinado de vezes as decisões da arbitragem, levando os juízes a consultarem o vídeo para sanar dúvidas. O principal cartola do futebol mundial só não manifestou uma opinião tão clara a respeito da punição de nove jogos oficiais da seleção recebida pelo atacante Luis Suárez por uma mordida no ombro do zagueiro italiano Chiellini. “Luto pelo fair play dentro e fora de campo, principalmente dentro. Mas não cabe a mim discutir a decisão tomada por sete juízes [do comitê disciplinar da Fifa].” (As informações da Folhapress)
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