O rodízio de carros vai continuar em São Paulo. Como era previsto, o prefeito Fernando Haddad (PT) vetou integralmente o projeto de lei de autoria do vereador Adilson Amadeu (PTB), aprovado em sessão da Câmara ocorrida na última quarta (28), que pretendia acabar com a restrição de circulação de veículos na cidade. O veto foi publicado no Diário Oficial da cidade deste sábado (31). Nas justificativas para o veto, o prefeito argumentou que o rodízio, em vigor desde 1997, "tem se mostrado relevantes para a redução do trânsito" no município e que "qualquer modificação em seus escopo ou a própria revogação da lei (...) devem necessariamente estar respaldadas por estudos técnicos e associadas a outras políticas públicas".
Haddad ainda frisou que, "por se tratar de medida que afeta diretamente vasta parcela dos paulistanos", uma eventual extinção do rodízio "deve ser precedida de amplo debate com a sociedade e estar aliada a outras ações que assegurem a adequada mobilidade de seus cidadãos". O polêmico projeto de lei que pretendia extinguir o rodízio municipal de veículos foi aprovado em votação simbólica - que durou menos de 50 segundos - na última quarta. O projeto, de 2006, é de autoria do vereador e despachante Adilson Amadeu (PTB). Os vereadores contrários à aprovação da lei mal conseguiram registrar seus votos, pelo sistema de votação adotado.
Na votação simbólica, feita após acordo das lideranças para aprovar de uma vez só um pacote de projetos, mesmo a posição contrária não soma votos. Se fosse uma votação nominal, com a soma dos votos contrários das bancadas do PSD, do PSDB e do PT (ao todo as três siglas somam 27 dos 55 parlamentares), a proposta teria sido rejeitada e seria arquivada.
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