Parlamentares do PSDB rebateram a declaração da presidente da República, Dilma Rousseff, na sua primeira entrevista após a posse no segundo mandato, sobre o esquema descoberto pela Operação Lava Jato na Petrobras. Ela disse que os fatos desvendados pela ação da Polícia Federal não ocorreriam se tivessem sido investigados durante o governo Fernando Henrique (1995-2002), do PSDB, ainda na década de 1990. Segundo Dilma, "se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção".
O líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e o presidente da legenda, senador Aécio Neves (MG) classificaram a declaração da presidente como uma tentativa de desviar o foco da investigação, de acordo com a Agência Senado. “A presidente mais uma vez tenta levar os brasileiros à ilusão. No país da presidente, funcionários da Petrobras, em entendimento com dirigentes de empresas privadas, fizeram uma grande articulação para lesar o Estado, contra os interesses dos governantes, contra o interesse daqueles que indicavam os diretores da Petrobras. Nada mais falso. Era hora de a presidente fazer sua mea-culpa”, advertiu Aécio. Cássio Cunha Lima afirmou que o governo petista encontra-se fora de rumo, “sem chão”.
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