Nove dos onze integrantes da família Queiroz Galvão, responsáveis pelas empreiteiras Galvão Engenharia e Queiroz Galvão, possuem contas secretas na unidade do banco HSBC em Genebra, na Suíça. De acordo com dados vazados para a imprensa por um ex-funcionário do banco, eles possuíam, entre 2006 e 2007, mais de US$ 55 milhões operados através de três offshores, empresas situadas em paraísos fiscais. A informação foi revelada na última quinta-feira (26) pelo jornalista Fernando Rodrigues, do portal UOL, que integra o ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), responsável por investigar, em parceira com o jornal francês Le Monde, o maior vazamento de dados bancários da história.
Como o montante não foi declarado, as transações financeiras podem acarretar em crime de evasão de divisas - já que o crime de sonegação fiscal prescreve após cinco anos. A descoberta pode ajudar na condução da Operação Lava Jato da Polícia Federal, em que as empreiteiras Galvão Engenharia e Queiroz Galvão já são investigados por atos de corrupção envolvendo contratos da Petrobras. Os empresários Dário de Queiroz Galvão e Eduardo de Queiroz Galvão, que possuem contas no HSBC suíço de US$ 4 milhões e US$ 12 milhões, respectivamente, já são considerados réus na Operação Lava Jato. Por meio de nota, a Queiroz Galvão negou a existência de irregularidades nas contas, contudo, não comentou a operação das offshores.
Já a Galvão Engenharia, através do advogado da família, José Lima, disse não ter "nada a declarar". O vazamento de dados bancários investigados pelo ICIJ, hoje conhecido como SwissLeaks, envolve mais de 100 bilhões de dólares pertencentes a 106 mil clientes de 203 países, dos quais 8.667 são correntistas brasileiros, que movimentaram cerca de 7 bilhões de dólares, entre 2006 e 2007. (As informações do BN)
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