O risco de contaminação por césio 137 presente em uma cápsula encontrada em uma clínica de medicina do trabalho interditada nesta segunda-feira (23), foi descartado pelo Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). O produto radioativo estava dentro de uma sala usada para a realização de exames de radiodiagnóstico.
"O material não oferece risco aos pacientes nem aos profissionais. A cápsula estava lacrada e não havia sinais de radiação no ambiente", explica o médico Oswaldo Alves Bastos, subcoordenador de Equipes Especiais do Samu, que participou esta manhã da operação de detecção comandada pelo órgão no Edifício Fundação Polítécnica, na avenida Sete de Setembro.
Essa foi a terceira vez que a clínica Clicenter foi interditada; a primeira, ocorrida no dia 9 de fevereiro, aconteceu após equipes da Vigilância Sanitária e da Sucom constatarem que o local não dispunha das condições sanitárias necessárias para o exercício da medicina. Além disso, foi constatada a inexistência do alvará de saúde.
No dia 11 de fevereiro, os técnicos da Vigilância constataram que parte da clínica estava em pleno funcionamento. "O proprietário ignorou a interdição e reiniciou os atendimentos à revelia dos impedimentos legais", afirma Ana Leiro, chefe de fiscalização da Vigilância Sanitária do Centro Histórico de Salvador. Depois de constatada a irregularidade, foi lavrado um auto de infração e a clínica teve as portas lacradas novamente.
Na operação de segunda-feira (23) duas pessoas foram presas por estelionato e exercício ilegal da medicina. O proprietário do centro médico, Joseval Bispo dos Santos, de 50 anos, e Jaconias Venâncio de Souza Junior, de 26, que atendia como clínico geral. Ambos seguem detidos na Decon à espera de transferência para o sistema prisional. (AS informações do Correio)
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