segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

HOSPITAL ESPANHOL ESTÁ PRÓXIMO DE RETOMAR ATIVIDADES

O Hospital Espanhol está mais próximo de retomar as atividades. Para acelerar o processo de restabelecimento da unidade hospitalar, a mantenedora Real Sociedade Espanhola de Beneficência contratou a PricewaterhouseCoopers (PwC) para avaliar as propostas recebidas. "Temos uma pluralidade de propostas, tanto de arrendamento quanto de aquisição, mas, por questões contratuais, não posso dar mais detalhes", afirma o consultor jurídico da operação, Washington Pimentel.

Segundo ele, não há um prazo máximo para a escolha do próximo administrador do hospital. "A PwC está avaliando as propostas e o hospital pode voltar a operar a qualquer momento. Isso não vai depender só da proposta mais valiosa, mas também da que melhor atender às prioridades da Real Sociedade", acrescenta Pimentel.

Prioridades - A maior delas é o restabelecimento imediato dos serviços do Hospital Espanhol, que foram totalmente interrompidos há um mês. "O hospital prestava um atendimento de alta complexidade, não só de urgência como também ambulatorial, que está fazendo falta na estrutura pública. A Real Sociedade também quer garantir o atendimento pleno para os seus associados", afirma o advogado. A mantenedora também quer, do próximo administrador, a regularização imediata dos débitos junto aos empregados, ex-empregados, fornecedores e parceiros comerciais.

Segundo Pimentel, a Real Sociedade já vem pagando um acordo feito com os ex-funcionários, no Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (TRT-BA). A entidade tem 1,5 mil processos na Justiça do Trabalho. Com 129 anos de atividade, o hospital foi fechado em setembro do ano passado, após mais de um ano em crise. Isso significou 280 leitos a menos na cidade, unidades cirúrgicas e atendimento de emergência desativados. Antes da crise, 50% dos atendimentos eram feitos pelo SUS.

À época, a dívida do Hospital Espanhol chegava à casa dos R$ 200 milhões. A Real Sociedade chegou a pedir a mediação do Ministério Público da Bahia (MP-BA) para tentar encontrar uma solução a curto prazo. Cerca de mil funcionários foram desligados em 2014 e apenas um pequeno grupo permaneceu no hospital, fazendo a manutenção dele e alimentando as informações necessárias às negociações com os grupos interessados em administrá-lo. (As iformaçlões do A Tarde)

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