Principal financiadora do carnaval da Beija-Flor, escola de samba do Rio de Janeiro que venceu o campeonato em 2015 com a ajuda financeira do país, o governo ditatorial da Guiné Equatorial já passou pela Bahia. Em 2013, o Ilê Aiyê – tradicional bloco afro de Salvador – teve o país como tema. Com a homenagem para lá de controversa, o vice-presidente do país, que, não por acaso, é filho do presidente-ditador e ministro da Guerra, esteve na capital baiana e promoveu o que jornalista chamaram de “temporada nababesca”.
De acordo com a Veja, Teodorin Nguema Obiang Mangue – o filho do ditador - passou o carnaval em Salvador, deu grandes festas privadas, foi fotografado com autoridades como o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), e participou do desfile do bloco afro Ilê Aiyê, que saiu com o tema “Guiné Equatorial — da herança pré-colonial à geração atual”, em referência à luta contra a discriminação racial e à valorização da cultura africana na Bahia.
À época, a Justiça francesa expediu mandado de prisão contra ele, no processo em que responde por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos estrangeiros. No site do Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb), onde um chamamento para compositores interessados no tema participarem da homenagem é feito, o golpe dado pelo ditador da Guiné, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, é chamado de “Golpe de Liberdade”.
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