A Avenida Paralela, cenário constante de assaltos a coletivos por causa, segundo a Polícia, da facilidade de fuga, se tornou, nesta sexta-feira (29), um labirinto sem saída para um trio de criminosos. Logo no início da manhã, passageiros da primeira saída da linha 0211, que havia partido às 5h05 do Vale dos Lagos com destino ao bairro da Ribeira, foram rendidos e tiveram celulares e carteiras roubados.
Essa ocorrência, no entanto, deixou de ser mais uma entre as 74 registradas este ano na avenida quando os bandidos tentaram deixar o ônibus já com os pertences de passageiros, motorista e cobrador.Os criminosos embarcaram no ônibus já na Paralela, na altura da Avenida São Rafael. “O ônibus foi sequestrado. Esse não era nosso itinerário. Entraríamos na 1ª Avenida do CAB, mas o bandido pediu para seguir e não parar mais em nenhum ponto”, contou o cobrador, no local.
Tranquilos de que encontrariam na via caminhos descomplicados para escapar, Nielson Paz Suzano, 21 anos, Adriano Santos Santana, 32 anos, e Thales Santos Santana, 18, não esperavam que um dos passageiros estivesse armado. O veículo percorreu cerca de 1,5 quilômetro enquanto Nielson guardava na mochila os pertences das vítimas. O passageiro aguardava justamente o momento da descida do trio para reagir.
Nielson, que morreu, entrou pelo fundo, sem pagar a passagem. Os outros dois chegaram a pagar a tarifa e, logo em seguida, anunciaram o assalto.Ele aguardava justamente o momento da descida do trio para reagir.
Os assaltantes começaram a ser baleados pelas costas, logo após pularem a borboleta (o veículo já tem o novo padrão, com saída pela traseira) e tentaram fugir pela porta dianteira. Eles haviam exigido ao motorista que parasse o veículo na passarela que fica em frente à 3ª Avenida do CAB.
Nielson caiu ainda na porta do ônibus, com os pés na escada e o corpo no asfalto. Assim veio a óbito, antes mesmo de receber socorro, que só chegou às 8h, com uma ambulância do Samu.
Mais de duas horas após o assalto, Adriano foi rendido por um funcionário da manutenção e um segurança armado da União dos Municípios da Bahia (UPB), quando tentava sair do matagal e ganhar a rua pelo estacionamento do local, que fica a cerca de 200 metros de onde o assalto terminou. (As informações do Correio)
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