quinta-feira, 28 de maio de 2015

CONTRATO DA CBF COM A NIKE RENDEU CERCA DE R$ 94 MI EM PROPINA

Segundo a investigação dos EUA, em 1996, José Hawilla e um representante do alto escalão da CBF receberiam cerca de R$ 125 milhões, cada, como propina pela assinatura do contrato entre a entidade e uma empresa de material esportivo americana. No entanto, ‘apenas’ 75% do valor foi efetivamente pago, o que daria R$ 47 milhões para cada. Naquele ano, a CBF era comanda por Ricardo Teixeira e a Seleção Brasileira passou a ter a Nike como fornecedora.

Em nota, a CBF afirmou que os contratos assinados em outras gestões serão reavaliados. O presidente Marco Polo Del Nero saiu em defesa de José Maria Marin, afastado do cargo de vice-presidente da entidade, afirmando que os contratos da Copa do Brasil investigados teriam sido assinados antes da gestão do ex-presidente. No entanto, no processo, o FBI aponta que o acordo teria sido realizado em agosto de 2012, quando Marin já respondia pela CBF.

Seis presos contestam extradição imediata; Suíça investiga Fifa

A maioria dos sete cartolas da Fifa presos ontem em Zurique, na Suíça, contestou a extradição imediata para os Estados Unidos, segundo as autoridades suíças. De acordo com os investigadores, o país agora terá 40 dias para formalizar um pedido de extradição para que o processo de transferência dos acusados seja acelerado.

Apenas um dos sete dirigentes presos teria concordado com a extradição imediata. Ele não teve o nome divulgado. Além dos esquemas de propinas nas competições organizadas por Concacaf, Conmebol e CBF, o FBI também investiga a escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010 e as eleições da Fifa de 2011.

Na Suíça, ainda acontecem três investigações paralelas sobre a Fifa. Um delas é sobre a escolha das sedes das próximas duas Copas, alvo também do processo da Justiça americana. Em relação à Copa de 2014, no Brasil, o FBI, por enquanto, não encontrou indícios de corrupção na escolha da sede, ocorrida em 2007.

Uefa protesta, mas eleição da Fifa está mantida

A Uefa pediu o adiamento da eleição presidencial da Fifa, programada para acontecer amanhã. Além do atual presidente, Joseph Blatter, 79 anos, concorre também o jordaniano Ali Bin Al Hussein, de 39. “Os membros do Comitê Executivo da Uefa estão convencidos de que existe uma forte necessidade de uma mudança para a liderança da Fifa e acreditam fortemente que o congresso da Fifa deve ser adiado, e a eleição presidencial deveria ser organizada daqui a seis meses”, disse, através de um comunicado, a entidade que controla o futebol europeu.

Logo após a revelação do caso de corrupção, no entanto, a Fifa alegou ser inocente e manteve a data da votação. Joseph Blatter se pronunciou através de um comunicado. “Esse é um momento difícil para o futebol, os torcedores e a Fifa. Entendemos o desapontamento das pessoas”. O suíço ainda disse: “Nós apoiamos as ações e as investigações por parte das autoridades dos Estados Unidos e da Suíça”.

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