No rastro do aumento da taxa básica de juros (Selic) – que atingiu 14,25% ao ano, após sete altas consecutivas este ano – a taxa média no rotativo do cartão de crédito alcançou o patamar recorde de 395% ao ano em julho, segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central. Um ano antes, a taxa estava em 308% ao ano. Essa é a linha mais cara entre as principais modalidades de crédito para o consumo.
Com a elevação nos juros do rotativo, que é um valor entre o total e o mínimo da fatura, um usuário de cartão que deixe de pagar R$ 1 mil em uma fatura e que passe os 12 meses seguintes pagando o mínimo terá, ao final do período, uma dívida de R$ 3.950. Há um ano, essa mesma operação teria como resultado um valor de R$ 3.080.
A taxa média do cheque especial também subiu no período e fechou o mês passado em 247% ao ano, segundo os dados do BC. Esse é o maior valor desde novembro de 1995, quando estava em 252% ao ano. O maior valor registrado pelo BC no custo do cheque especial desde o Plano Real são os 294% ao ano de julho de 1994, início da série histórica da pesquisa mensal de crédito da instituição para esse dado.
A alta dos juros nessas modalidades está em linha com o comportamento geral das taxas bancárias, que acompanham a movimentação da Taxa Selic. Na média, a taxa de juros do crédito ao consumo, oferecidos a pessoa física, passou de 49,5% em julho do ano passado para 59,5% ao ano em julho deste ano, de acordo com a pesquisa de crédito do BC. O número é novamente recorde para a série iniciada, nesse caso, em março de 2011. (As informações do Correio)
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