A expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) – soma monetária de tudo que é produzido entre bens e serviços – para o ano que vem foi reestimada para um patamar abaixo de 0,5% pelo governo. Conforme o relator-geral do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR), o rombo no Orçamento de 2016 é de cerca de R$ 130 bilhões em relação ao estimado em abril, quando foi encaminhado ao Congresso o projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Segundo a Folha, a equipe econômica ainda trabalhava com uma projeção de alta de 1,3% para o PIB no ano que vem. Barros diz que, diante da piora das perspectivas para a economia, o governo reduziu em R$ 60 bilhões sua estimativa de receitas. Por outro lado, as despesas obrigatórias, que incluem gastos da Previdência e a folha de servidores, sofreram uma elevação de cerca de R$ 80 bilhões. Uma das alternativas para cobrir o buraco, que já foi amenizado por uma revisão das despesas não obrigatórias, é a recriação da CPMF, que, segundo o parlamentar, renderia R$ 60 bilhões aos cofres da União.
Dessa forma, estados e municípios ficariam com uma fatia adicional. A ideia já gerou uma reação do setor produtivo e do próprio Congresso, que não veem com bons olhos um aumento de impostos no momento em que a economia vive uma recessão. O governo tem até segunda-feira (31) para encaminhar ao Congresso a proposta de lei orçamentária.
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