O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada, recebeu propina da Odebrecht em troca de benefícios em um contrato da estatal, afirmou a Polícia Federal. A informação, aponta O Globo, está no relatório final de indiciamento do ex-diretor, que é um dos presos na Superintendência da PF em Curitiba. Documentos enviados por autoridades suíças aos procuradores responsáveis pela Operação Lava Jato comprovariam que o grupo Odebrecht depositou US$ 130 milhões e 21 milhões de euros na conta da offshore Klienfeld, entre 2008 e 2014. Depois, a Klienfeld fez um depósito de US$ 571 mil na conta da empresa Tudor Advisory – que, segundo os investigadores, teria como beneficiário o nome de Jorge Zelada.
Para a PF, o pagamento se relaciona com o contrato assinado entre a estatal e a empreiteira em 210, de US$ 825,6 milhões, para a segurança ambiental das empresas da Petrobras em dez países. Uma auditoria interna verificou que Zelada atuou para que a negociação fosse centralizada em apenas uma companhia, apesar da área técnica se opor à decisão. Na licitação, a Odebrecht teve como concorrentes a Camargo Corrêa e a Andrade Gutierrez – acusadas de integrar um esquema de cartel.
A Odebrecht preferiu não se manifestar sobre as acusações, mas negou “qualquer irregularidade nos contratos firmados com a Petrobras, todos conquistados de acordo com a lei de licitações públicas”. Zelada deixou o cargo em 2012, logo após do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, um dos delatores do esquema. (As informações do Estadão)
Nenhum comentário:
Postar um comentário