segunda-feira, 3 de agosto de 2015

POLÍCIA APRESENTA SEQUESTRADORES DE EMPRESÁRIA

Após dez dias acorrentada numa casa, Arlethe Patez, proprietária do salão Rive Gauche, no Costa Azul, foi libertada na madrugada deste domingo, 2. Ela foi encontrada por policiais dentro de uma casa na zona rural do município de Teolândia, a 277 km de Salvador. Foram presos na operação Manoel Cândido da Paz, 46 anos, e Inael Moura de Jesus, 29, o Beibe. A empresária foi sequestrada no último dia 22, quando saía do salão. Ela costumava trabalhar até mais tarde.

Três homens dentro de um veículo Fiat Palio anunciaram o assalto e a levaram para o cativeiro. "Duas pessoas que estavam no carro foram identificadas, a terceira ainda estamos na dúvida", contou o delegado Cleandro Pimenta, da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), que liderou as investigações.

Um dos que estavam no veículo é Manoel Cândido, que dirigia o carro. Ele contesta a versão da polícia e diz que não sabia do sequestro. "Fui chamado para buscar um carro quando eles pegaram a mulher. Depois só estive lá mais duas vezes. Não chamei a polícia porque eu tenho família", alega ele, que tem passagem na polícia por tráfico de drogas. Vale ressaltar que Manoel contou ter sido pastor de uma igreja por 12 anos.

Já Inael era quem cuidava de Arlethe. Ele jura que ela foi bem tratada, apesar de ter ficado o tempo todo acorrentada. "Ela chorava e eu dava uma palavra de conforto. Fazia o 'rango' e esquentava água para o banho. Não a maltratei". Para a polícia, a quadrilha pode ter mais de 12 homens.

Segunda vez - Segundo a polícia, esta é a segunda vez que a mesma quadrilha pratica um sequestro. No dia 1º de junho, eles levaram o dono de um mercadinho na cidade de Tancredo Neves, mas o rapaz conseguiu fugir. Por isso, dessa vez, acorrentaram Arlethe. "Ela foi encontrada em perfeito estado de saúde", garante o delegado Jorge Figueiredo, diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que acompanhou as investigações.

Apesar de Manoel ter dito que não sabia do sequestro, foi ele quem levou a prova de vida para a família. "A família recebeu um chip com fotos dela (Arlethe) no cativeiro. Foram pedidos R$ 600 mil para liberarem ela", conta o delegado. A empresária ficou dez dias com os criminosos e as investigações duraram oito dias, com equipes atuando na cidade. A polícia procura os dois líderes do grupo: Manoel dos Santos Neto, o Dan, e Manoel Rafael Bispo de Jesus, 39, o Jorge Bocão. (As informações do A Tarde)

Nenhum comentário:

Postar um comentário