A Bahia vai ganhar mais dois parque eólicos nos próximos dois anos, localizadas nos municípios de Brumado, Dom Basílio e Rio de Contas. No total, 45 aerogeradores serão instalados, criando, na região, cerca de 500 empregos direitos, 400 indiretos e dez postos de trabalho em manutenção de equipamentos.
Com investimento total de R$ 440 milhões, a construção só será possível por causa da isenção de ICMS sobre a compra de equipamentos, oferecida pelo governo estadual à companhia italiana Enel Green Power, que já possui outros 18 parques do tipo no estado e será responsável pela execução do novo parque eólico.
O acordo foi assinado na tarde desta quinta-feira, 28, em solenidade na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), com a presença do titular da pasta, Jorge Hereda, do diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Enel, Márcio Trannin, e de representantes da Secretaria de Infraestrutura do Estado (Seinfra).
Em contrapartida à isenção fiscal, a companhia italiana se comprometeu a adquirir componentes para os parques Cristalândia I e II, em empresas baianas, com o objetivo de fomentar a economia local, além de aderir aos programas Primeiro Emprego e Primeiro Estágio, com lançamento planejado ainda para esse ano.
Benefícios - De acordo com o secretário Jorge Hereda, o protocolo de compromissos firmado nesta quinta entre as partes garante, sobretudo, a injeção de recursos no semi-árido baiano, região do estado com problemas de desenvolvimento.
Cerca de R$ 12 mil por ano costuma ser pago aos nativos que permitem o arrendamento das suas terras para instalação dos aerogeradores, segundo o superintendente de Promoção de Investimentos da SDE, Paulo Roberto Guimarães. "É dessa forma que pequenos agricultores, posseiros e outros trabalhadores rurais são beneficiados, até porque eles continuam morando no local", afirmou Guimarães.
Referência - Ele lembrou ainda que a Bahia já é referência na produção de energia eólica. Atualmente, cerca de 200 parques do tipo estão implantados ou em fase de implantação, o que representa a produção de 7 GW (gigawatts) de energia até o final de 2018.
Atualmente, o pico de consumo energético no estado, de acordo com o superintendente, é de 9 GW, sendo 2 GW oriundos de energias renováveis como a eólica. A faixa da Bahia entre Caetité e Sobradinho, afirma, é a que possui maior potencial para exploração dessa fonte.
Apesar dos benefícios ao semi-árido, problemas logísticos, como o transporte dos equipamentos, dificultam o avanço dessas produções. Apenas uma das peças do aerogerador, chamada de nacelle, pesa 104 toneladas. É ela a responsável por transformar o vento em energia sem poluir o ambiente. (As informações do A Tarde)
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