quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

PROCESSOS JUDICIAIS E HOMENAGENS MARCAM TRÊS ANOS DA TRAGÉDIA DA BOATE KISS

Há três anos, no dia 27 de janeiro de 2013, a cidade de Santa Maria, a maior da região central do Rio Grande do Sul, amanhecia com um misto de desespero e perplexidade diante da morte de 242 pessoas – a maior parte delas formada por jovens com menos de 25 anos – no incêndio da Boate Kiss. Três anos depois, o caso se desdobrou em inúmeros processos judiciais movidos por todas as partes envolvidas. O mais recente deles foi protocolado esta semana pelo advogado de Elissandro Spohr, um dos sócios da boate.
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Santa Maria - Vigília com centenas de pessoas durante a madrugada desta segunda-feira em frente à Boate Kiss, em Santa Maria (RS), marca a data de um ano da tragédia. No ato organizado pelo grupo Luto à Luta pessoas. Spohr moveu uma ação por danos morais contra 13 pessoas físicas – entre bombeiros, funcionários públicos, o prefeito de Santa Maria, Cesar Schirmer, e o promotor do caso, Ricardo Lozza – e dois entes públicos – a Prefeitura Municipal de Santa Maria e o estado do Rio Grande do Sul.

Ele quer 40 salários mínimos, totalizando cerca de R$ 530 mil, de cada réu em indenização por ter sido “induzido a erro”, segundo seu advogado, com a concessão de alvarás que atestavam estar tudo correto com a casa noturna. A concessão de alvarás para o funcionamento da boate deram ao Elissandro a certeza de que ele estava de acordo com a lei. O alvará existe justamente para dizer se está tudo correto. E aí, quando acontece uma tragédia, toda a responsabilidade recai sobre o empresário, mesmo com os bombeiros e a prefeitura tendo afirmado antes que ele estava correto.

Isso causa um dano à imagem dele, a vida dele foi destruída por negligência dos agentes públicos”, alega o advogado de Spohr, Jader Marques. “Todos foram induzidos ao erro, inclusive os frequentadores da boate. Quando se tem o alvará, todos têm certeza de que está tudo certo. Tudo que foi exigido dele, ele cumpriu e colocou [no imóvel]”, completa.

Elissandro Spohr, por sua vez, também é processado pelas famílias dos mortos e sobreviventes, junto com a prefeitura, os integrantes da banda Gurizada Fandangueira – responsáveis pelo início do incêndio – e os bombeiros. (As informações da Agência Brasil)

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