sábado, 30 de janeiro de 2016

CAIXA É OBRIGADA A TROCAR AGÊNCIA DE PUBLICIDADE POR ENVOLVIMENTO NA LAVA JATO

A Caixa Econômica Federal foi obrigada pela Justiça a colocar a agência de publicidade Propeg no lugar da Borghi-Lowe, descartada pelo envolvimento nas investigações da Operação Lava Jato. Dono de uma das três maiores contas de publicidade do País, o banco estatal gasta R$ 500 milhões por ano em publicidade. A verba é dividida entre quatro agências. A licitação dessa conta de publicidade foi feita em 2012. Pelo edital, a Caixa selecionaria quatro empresas que manteriam a concorrência interna entre elas pelo período do contrato, com vigência de um ano e possibilidade de renovação por até cinco anos (até 2018).

As quatro vencedoras da licitação apresentam propostas ao banco durante esse período e são remuneradas por cada trabalho. No ano passado, a Caixa renovou com três agências: Heads Propaganda, Nova S/B Comunicação e Artplan Comunicação, deixando de fora a Borghi-Lowe, primeira colocada no processo de seleção. O diretor da Borghi-Lowe em Brasília, Ricardo Hoffmann, que estava preso desde abril de 2015, foi solto neste mês. Ele foi condenado, em setembro, a 12 anos e 10 meses de prisão acusado de pagar propina ao ex-deputado federal André Vargas por propina de ao menos R$ 1,1 milhão em contratos de publicidade firmados com a Caixa e o Ministério da Saúde.

A Caixa repassou R$ 949 milhões por dois contratos a Borghi-Lowe. Além do firmado em 2013, a instituição tinha sido cliente da agência entre agosto de 2008 e abril de 2013, junto com as agências Fischer&Friends e a Nova S/B. Quinta colocada na disputa, a Propeg entrou na Justiça solicitando ser colocada no lugar da Borghi-Lowe e obteve sucesso. Em nota, a Caixa disse que cumprirá a decisão judicial e continuará recorrendo às instâncias superiores. (As informações do Estadão)

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