O Bahia vai conquistar o tricampeonato? O Vitória voltará a erguer a taça? O interior terá força para desbancar a estrutura da dupla Ba-Vi e surpreender novamente? Todas essas perguntas serão respondidas a partir de sábado, quando a bola começa a rolar no Campeonato Baiano. Vitória e Jacuipense abrem o torneio às 16h, no Barradão. O campeão será conhecido no dia 8 de maio.
Ontem, no evento de lançamento do estadual, realizado no edifício Mundo Plaza, os dirigentes dos clubes estavam otimistas, e a rivalidade Ba-Vi entrou em cena. “Nós temos a hegemonia do Campeonato Baiano nas últimas décadas. Infelizmente, no ano passado, o Bahia foi campeão e sem ganhar do Vitória. Este ano, eu não tenho dúvida que o campeonato será nosso”, provocou o vice-presidente do Vitória, Manoel Matos.
“A hegemonia na década atual é do Bahia, que tem três títulos baianos. A gente busca um tricampeonato consecutivo que não vem desde a década de 80. De quem o Bahia tem que ganhar pra ser, pra gente pouco importa”, rebate o presidente tricolor, Marcelo Sant’Ana. A disputa, no entanto, não se restringe à capital. Bahia de Feira, Colo-Colo, Flamengo de Guanambi, Galícia, Juazeirense, Feirense, Fluminense, Jacobina, Jacuipense e Vitória da Conquista também vão suar para erguer a taça.
O último clube do interior a conseguir o feito foi o Bahia de Feira, em 2011. “A escrita pode se repetir. De cinco em cinco anos um clube do interior tem ido lá e dado uma beliscada no título. Foi o caso do Colo-Colo em 2006 e do Bahia de Feira em 2011. Espero que em 2016 uma equipe do interior venha a ganhar. Se for a gente, ótimo. Se não for, a vitória de qualquer equipe do interior é muito positiva”, avalia o presidente do Bahia de Feira, Thiago Souza.
No que depender do Fluminense, a taça vai mesmo pegar a estrada em 2016. De volta à primeira divisão após dois anos ausente, o Touro do Sertão, campeão em 1963 e 1969, quer se impor novamente. “Embora tenha estado longe da elite, o Fluminense de Feira nunca deixou de ser a terceira força do futebol baiano, pela sua representatividade, torcida, pelo que significa para o interior da Bahia e pelo nome nacional que o Fluminense tem, que estava adormecido. Esse retorno significa o resgate de tudo isso”, afirma o presidente, Gerinaldo Costa.
Pelo segundo ano consecutivo na primeira divisão, o Jacobina promete uma participação mais competitiva do que em 2015, quando lutou contra o rebaixamento e terminou em 9º lugar. “No ano passado, após 22 anos, voltamos à elite, mas não tivemos a participação que esperávamos. Neste ano, queremos chegar nas cabeças, entre os quatro primeiros colocados, para buscar uma vaga em uma competição nacional. Nosso objetivo é ser uma das forças do interior”, projeta o presidente Rafael Damasceno.
Caçula nascido em 2009 e estreante, o Flamengo de Guanambi também promete ser um dos protagonistas do estadual. “Nosso projeto pra este ano é alcançar a semifinal, porque a gente almeja uma competição nacional, Copa do Nordeste, do Brasil ou Série D. Pra isso acontecer, temos que chegar entre os quatro primeiros. Não pensamos em cair, não temos essa preocupação. A gente quer é ter um calendário anual pra disputar e não guardar as camisas para o ano que vem quando acabar o Baiano”, afirma o diretor de futebol Armando Filho.
Regulamento - Campeão e vice-campeão garantem vaga na Copa do Brasil e na Copa do Nordeste 2017. O terceiro colocado escolhe a vaga na Copa do Nordeste 2017 ou na Série D 2016. A quarta colocada fica com a vaga descartada pela terceira.
Os 12 clubes participantes estão divididos em dois grupos. Na fase classificatória, haverá apenas jogos de ida, e os integrantes do Grupo 1 enfrentam os do Grupo 2. O único Ba-Vi garantido até o momento será realizado na Fonte Nova, porque em 2015 o clássico aconteceu no Barradão.
Os oito melhores da classificação geral (não importa a posição em cada grupo) avançam às quartas, em partidas de ida e volta. Quatro seguem para as semifinais, que também serão em ida e volta, assim como a final. O mando de campo e a vantagem de jogar por dois resultados iguais serão do time com melhor campanha geral.
“É uma fórmula conciliada com Copa do Nordeste, com a Copa do Brasil e com os 30 dias de férias dos atletas. É a menor competição estadual do Brasil, com 56 jogos e 12 clubes. Isso é a adequação ao futuro do futebol, que terá competições com mais qualidade e menos quantidade”, valoriza o presidente da Federação Baiana de Futebol, Ednaldo Rodrigues.
Estádios - Reformas inacabadas são o ponto baixo do estadual. A falta do Joia da Princesa levará o Fluminense a mandar seus três jogos como mandante em três cidades diferentes: Riachão do Jacuípe, Salvador e Juazeiro. “Castiga demais um clube que não tem recurso”, lamenta Gerinaldo Costa.
O Bahia de Feira terá como sede Senhor do Bonfim, e o Feirense vai para Riachão do Jacuípe. Juazeirense estreia contra o Bahia em Pituaçu enquanto o gramado do Adauto Moraes não fica pronto. Mesma situação do Vitória da Conquista contra o Vitória, na segunda rodada, em Ilhéus.
Transmissão - O torcedor que não for ao estádio poderá acompanhar o campeonato do sofá. A TV Bahia vai transmitir 12 jogos ao vivo, em alta definição (HD), para os 417 municípios. São 19 microfones por partida, mais de 10 câmeras e 60 profissionais envolvidos.
“A Rede Bahia de Televisão é a única emissora que chega em todo o estado da Bahia. Temos equipes de jornalismo nas seis emissoras e com isso conseguimos dar visibilidade e acompanhamento aos clubes do interior da mesma forma que na capital. Conseguimos integrar a sociedade baiana como um todo em torno do campeonato”, pontua o diretor executivo da Rede Bahia, João Gomes.(As informações do Correio)
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