A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (22) que há “pontos fora da curva” nas investigações da Operação Lava Jato. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em seu gabinete no Palácio do Planalto, a petista afirmou que é “impossível” alguém ser interrogado com base no “diz que me diz”. “Isso que não está certo. Isso é o mínimo que a gente espera , que quando falarem uma coisa que forem perguntar para uma pessoa, que provem. Porque depois não é verdade e tá lascado, né”, argumentou.
Apesar dos “pontos fora da curva”, a petista fez defesa enfática da operação. “Tenho de preservar o fato de que o Brasil precisa desta investigação”. Na última semana, advogados divulgaram uma carta de repúdio à forma de condução da investigação. O PT e Lula, por sua vez, sinalizam que os interrogatórios visam induzir ao seu envolvimento na operação. Em tom diferente dos correligionários, Dilma ressaltou, porém, que a Lava Jato, “assim como qualquer coisa na vida”, também não está acima de qualquer suspeita”.
“Nós não somos a favor de impedir a investigação”, pontuou. Dilma foi questionada sobre as críticas de que o governo controla a atuação do Ministério Público Federal (MPF), conforme acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo Folha, Dilma levantou da cadeira, deu dois passos e sorriu: “Então sou uma incompetente na arte do controle”.
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