Pelo menos 100 famílias que moram na rua Luan Braga, no bairro de Campinas de Pirajá, ficaram desabrigadas por conta da forte chuva que caiu na noite desta segunda-feira (4). Segundo os moradores, uma boca de lobo entupida teria sido a principal causa da água não ter escoado após o fim da chuva.
A região passa constantemente por alagamentos, ainda segundo moradores. A empregada doméstica Kátia Maria Oliveira, 43, mora há 20 anos no local e relata que desta vez a chuva fez um estrago maior. “Toda vez que chove acontece isso, mas a água não está descendo. Desse jeito não dá para entrar em casa”, explica.
Em alguns trechos, a água está atingindo a cintura dos moradores. Ontem à noite, quando a chuva começou a inundar a rua, a população entrou nas casas para tentar salvar móveis e eletrodomésticos em cima de armários, mas nem todos conseguiram.
Por conta da situação, algumas famílias afetadas estão buscando abrigo na casa de vizinhos que moram em áreas mais altas ou com parentes. Ainda não há informações sobre o local que a prefeitura vai enviar os desabrigados.
Na casa de Tereza Maria da Silva Moreira, 64, localizada em uma parte mais alta da rua, um fosso improvisado evitou que a água danificasse móveis e eletrodomésticos. Para entrar e sair, a idosa usa uma tábua de madeira, mas não pensa em consertar o buraco, prevendo que possam acontecer novos alagamentos.
“Graças a Deus não perdi nada dessa vez. O fogão, a geladeira e o sofá são novos. Ganhei do meu filho no ano passado, depois de ter perdido tudo quando alagou”. Na enchente de 2015, Tereza só conseguiu salvar o armário.
A dona de casa Ana Carolina Bispo de Souza, 21, não teve a mesma chance. Ela viajou durante o feriado de ano novo e não soube da chuva até chegar em Salvador, na manhã de hoje. “Não pude salvar nada. Meu irmão tentou entrar, mas a água estava na altura do peito dele”, lamenta. Impedida de voltar para casa, Ana Carolina vai ficar na casa da mãe até que a água seja drenada.
A Defesa Civil vai fiscalizar as casas para verificar o prejuízo individualmente e, assim, pagar o auxilio emergência às famílias afetadas. (As informações do Correio)
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